BLOG DO MARIO JOSÉ

Representante da FIFA esteve ontem reunido com o Ministro dos Esportes. Foi levar a preocupação da Entidade porque as obras para a Copa de 2014 estão atrasadas. Em razão disso, uma rádio de Curitiba, logo cedo, começou uma enquete entre os seus ouvintes querendo saber se eles eram favoráveis à realização da Copa do Mundo no Brasil e de jogos na Capital, como uma das sedes. Uma maioria absoluta mostrou-se contrária. Justificava essa posição considerando que outros problemas mais importantes precisavam ser resolvidos no Brasil. E citavam a saúde e a educação como os pontos mais importantes a merecerem prioridades. Confesso que também estou nessa linha. Copa do Mundo é para projetar a FIFA, que exige dos países sedes coisas que dificilmente conseguem cumprir e quando isso acontece, sempre em prejuízo das prioridades. Da próxima vez que um mandatário dessa Entidade viesse ao Brasil e quisesse impor providências às pessoas responsáveis, deveriam dizer: tudo bem "Fédération Internationa

Os jornais, a televisão e as rádios não falam outra coisa. Começamos logo cedo a ver as imagens e as fotografias e elas continuam a ser mostradas. Como se diria numa linguagem comum, "já estou de saco cheio" de vê-las. Confesso que não entendo tanta bajulação. Estão querendo nos transportar para uma outra época. Um sistema de governo que não tem mais eficiência querendo lembrar do passado. Os países mais influentes do mundo como a França, Itália, Alemanha, Rússia, já acabaram com os seus reis. Os que tentaram sobreviver foram degolados. Os países influentes da atualidade têm outros regimes de governo, mais eficientes e modernos. Até Portugal acabou com essa história de "família real", usufruindo da renda dos seus castelos e a Espanha mantem seu Rei apenas para pedir ao Hugo Chaves para calar a boca. Quanta coisa desnecessária e inútil que estão nos obrigando a assistir! A plebeia Kate transfora-se em princesa num toque de mágica. Os convidados esnobam seus trajes.

Portugal tem a fama de ser um dos países europeus mais corruptos. Desde os tempos remotos, contam os livros, os portugueses estiveram envolvidos com corrupções. Foi em troca de favores que D. João VI - quando fugiu de Napoleão e se fixou no Rio de Janeiro - conseguiu manter aqui o seu reinado. Em troca de favores e muito dinheiro, os ricos da cidade, recebiam títulos de nobreza e todas as "benesses" possíveis. Os pobres e os escravos trabalhavam enquanto os agraciados do Rei viviam alegres, ociosos e felizes. Pode-se assim dizer que, como País, começamos envoltos num mar de lama e corrupção. Herdamos esse nefasto método que continua sendo cultivado. Até bem pouco tempo, tudo era feito às escondidas. O povo pouco sabia das barbaridades cometidas pelos políticos. Hoje, está mais claro, mais evidente e escancarado. A corrupção aparece em quase todos os lugares: juízes corruptos, políticos corruptos, médicos e advogados corruptos, funcionários e patrões, são denunciados a toda h

Ligo o rádio e ouço perplexo: o Juiz Marcel Rotoli de Macedo, filho do ex-Presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, Celso Rotoli de Macedo, está sendo acusado de envolvimento em processos de falências e concordatas. O denunciante é o Deputado Estadual Fábio Camargo, Presidente da CPI das falências, suspensa por uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça. Pois, na tribuna da Assembleia Legislativa, o Deputado denunciou todo o esquema no qual, segundo ele, está envolvido o filho do ex-presidente do Tribunal. Justificou o seu prolongado silêncio, e acabou dizendo que "a liminar me proibiu de continuar com as investigações, mas não me proíbe de contar o que já descobrimos até agora". Diante desta situação, e porque o Juiz Marcel Rotoli de Macedo é pessoa conhecidíssima nos meios judiciários e na sociedade paranaense, fico intrigado. Chego a pensar sobre a podridão que ronda a justiça do nosso Estado. O descrédito que ali se instalou pela facilidade com que seus principai

A vitória de ontem sobre o seu maior rival foi clara. Mais bonita seria se tivesse sido onze contra onze. Ninguém ganharia do Coritiba, mas os atleticanos se baseiam na expulsão do Manoel (o Manelão, sempre envolto com problemas) ,para justificar uma derrota que já estava prevista. Como coxa-branca, quero me congratular com toda a estrutura do Time, desde o trabalho eficiente da Diretoria, até o mais simples dos torcedores. Mas os jogadores, além de terem sido exemplares, agiram como verdadeiros profissionais. Foi um trabalho invejável que terminou nessa brilhante conquista. E as coisas não vão parar aí. A Baixada já está se tornando o local predileto para consagrar vitórias e homologar títulos do Coritiba. Paciência, atleticanos, não desanimem! Parabéns Coritiba Futebol Clube, lá do "alto de tantas glórias"!

Nunca tinha ouvido nem visto tanta divulgação de um produto. A imprensa deixou de lado comentar o significado da Páscoa para se preocupar com as qualidades e venda do chocolate. Deus do céu! Pelo que propagandearam, o produto é maravilhoso! As pessoas entrevistadas, sempre risonhas, jovens e bonitas, afirmavam que não podiam viver sem consumir este produto. "O chocolate lhes dá vida, ânimo, combate o nervosismo, elimina o estresse, dá uma tonalidade diferente à pele, etc...,etc..., diziam todas". Que o produto é gostoso, ninguém duvida, mas não precisava tanto! Mercantilizaram a data da Páscoa. Endeusaram o chocolate. Estão se utilizando de uma data de resgate espiritual, para vender o material. E o povo gosssssta!!!

Quando os primeiros clarões do dia aparecem, estamos de pé e, rotineiramente, a vida nossa recomeça no cenário de mais um dia...! É sempre assim... uma rotina que não tem fim! Usa-se o vaso, jorra água do chuveiro quente, escovam-se os dentes, tira-se o sono da face, fecha-se a porta. Ela desce, sem fazer barulho na escada, enquanto eu ainda me espreguiço no final da madrugada. Mas de repente, quando pouco tempo passa, vem a fumaça. É o primeiro cigarro, antes de pôr água na chaleira. Ouço a tosse, sinto o pigarro e o meu ar puro termina, nessa prática constante, de entrega à nicotina. Chimarrão intercalado, entre tragadas e notícias. Depois um cafezinho, outro souza cruz que ela incendeia, enquanto a pia é desocupada. Tem roupa para lavar, tem cama para arrumar, tem casa para limpar. O crochê está esperando. Cinzeiro e o banco prontos, para o início dos trabalhos. Eu já estou nas ruas, envolto no trânsito louco, brigando para ter espaço, e chegar inteiro ao trabalho. Nove quilômetros

Tenho ouvido de muitas bocas, que não vão entregar a declaração do Imposto de Renda este ano. No começo nem dei muito interesse, mas como os números se tornaram grandes, fui procurar os motivos dessa recusa. Desco bri fatos interessantes: os que se recusam são aqueles que sempre prestaram suas contas servindo-se dos formulários impressos; alegam não ter dinheiro para pagar um profissional; dizem não possuirem computador; não têm noção do que seja internet. Pois vejam só: a obrigatoriedade que a Receita Federal estabeleceu para que todas as declarações sejam feitas pela internet está criando muitos problemas. Essa atitude não deixa de ser uma espécie de discriminação. É uma exigência no mínimo autoritária. Se analisarmos mais a fundo, uma atitude inconstitucional. O leão, um animal tão selvagem, modernizou-se muito rápido e parte da nossa população, coitada, não está conseguindo acompanhar tanta modernização.

Conviver trinta e cinco anos como marido e mulher reserva, às vezes, situações interessantes. No início, logo nos primeiros anos de vida conjugal, ela passa aos turbilhões. A nossa preocupação, quase sempre, está voltada com garantir o futuro. Criar os filhos assegurando-lhes condições para essa sobrevivência cada vez mais complicada. Não se tem a preocupação de que o tempo também chegará e com ele a idade. Pois agora, já vivendo nos sessenta, estamos precisando pagar um pecado cometido lá no começo. O menosprezo praticado com o tal do tempo. Ele vai encurtando horizontes, fechando janelas, acrescentando coisas que não existiam antes. E, muitas vezes, não se consegue romper com as barreiras, nem impedir que as janelas sejam fechadas. Pois o pecado que cometemos foi não aproveitar o tempo da forma como devia ser aproveitado. Por essa razão, a Lu está ausente para pagar esse pecado. E não está pagando só ela. Pago também. E pagamos distantes um do outro. Eu em Cu

Estive ontem e hoje na cidade litorânea de Itapoá - SC. Logo cedo fui fazer um passeio pela praia começando na 3ª pedra (no Balneário Itapema do Norte), indo na direção do Cambiju. Andei bem uns quatro quilômetros no sentido norte. Itapoá se orgulha de ter trinta quilômetros de praias, o que realmente é um belo motivo. Conheço essa cidade há vinte e cinco anos, praticamente desde o seu início, quando não passava de uma pequena colônia de pescadores. Comparações daquele tempo com hoje é impossível de se fazer. Naquela época não tinha nada; hoje, praticamente tem tudo. Até um pequeno córrego que deságua no mar, onde vi, hoje, uma placa extremamente crítica: "rio Merdinha". Pois bem, nesses quatro quilômetros que percorri fiz muitas observações. Entristeci-me com o cenário. O mar está destruindo tudo na orla. As casas que ainda resistem, estão com os dias contados. Vários restaurantes famosos não estão mais lá, tragados pela fúria das águas (cito o Hipocampo que recebeu menções

Maria Eduarda... Foi ela o meu amor por longos anos. Poderão até vir outros amores, outros e muitos outros, mas como o de Maria Eduarda, tão sincero, tão forte, tão puro, tão intenso, cheio de segredos, tão proprietário, tão carente e tão precário, isso não virá...! Maria Eduarda era assim: sempre possessiva, eternamente gulosa, atraente e escandalosa, queria tudo para si, e só pensava em mim. Beliscava para impedir meu sono, mordia-me o queixo, acariciava minhas orelhas, caminhando pelo pescoço, vivendo seu intenso amor, sem nunca pedir troca, nas carícias aos meus cabelos. Eu era um boneco ao seu dispor. Mas um dia, abusou-me tanto zelo, saturou-me esses cuidados, que já me traziam enfados. Pedi para que partisse Maria Eduarda, já não queria mais a sua guarda. Quanto engano meu...! Senti falta do seu corpo quente, que sempre se dava por inteiro. Daquela pele

Estive, neste final de semana, matando saudade do rio Paraná. Fui pescar e ver como estava meu velho amigo. Fazia quase três anos que me encontrava ausente daquelas águas. Para meu contentamento, encontrei-o diferente do tempo que escrevi o livro “Quando faltam peixes, sobram histórias”. O Porto Natal, em Querência do Norte, continua um lugar agradável, cheio de amigos e conhecidos que para ali sempre vão nos finais de semanas. Só faltou a antiga placa: Sejam bem-vindos ao Porto Natal! Divirtam-se,mas preservem as belezas do rio Paraná, que recebia os visitantes. Embora se encontrasse cheio, despejando águas pelas barrancas, pude apreciar as transformações que estão se operando ali. Está com mais peixes; as ilhas, quase completamente recuperadas, tomadas por uma floresta nova que já cobre suas barrancas, há bem pouco tempo expostas e facilmente sendo levadas a cada enchente. O pescador está mais consciente: pesca e obedece às regras, medindo cada espécie, devolvendo ao rio se não ati

Vindo para o trabalho, ouço no rádio que hoje haverá uma greve de alerta dos médico em relação aos Planos de Saúde. O comentarista informava um número muito grande de profissionais da saúde que estão vinculados a esses Planos. Disse que a metade parará hoje porque querem aumento no valor das consultas e nos procedimentos médicos. Os planos resistem e a bagunça está iniciada. Falo bagunça porque os Planos de Saúde - em questão de atendimento - quase se igualaram ao SUS. Você não consegue consulta com um cardiologista se não marcar com trinta dias de antecedência. Dificilmente viabilizará um exame de mamografia antes de 40 dias. Não sei se se todo mundo está doente ou existem outros motivos para justificar tanta morosidade. Mas o que mais me intrigou foi que o comentarista dizia que as negociações entre as partes (Planos e Médicos) estava sendo conduzida da seguinte forma: - Nós concordamos com aumentar o valor das consultas e dos procedimentos. - Que maravilha,

Você me diz que na próxima encarnação, tudo fará para me encontrar... Ouço tuas palavras e fico a pensar, que isso seria bom! Se pudéssemos ter esse encontro, assim bem cedo, no começo da adolescência, ah, como seria bom! Iria abraçá-la logo cedo, no teu vigor, procurar-te na cidade, no vilarejo, ao pé da serra, no começo do amor, este amor que nasceu na vida antiga, sem qualquer receita, um achado tardio, com tão pouco tempo para gozar! Preste atenção: Quando saltar do útero e ensaiar os teus primeiros voos, solte um grito para localizar. Irei na direção deste teu som... Traga contigo o mesmo cheiro e alguma cicatriz da outra vida. Irei reconhecê-la, Ainda menina.

O que está acontecendo com o preço do álcool, que agora chamam de etanol, é, no mínimo, preocupante. Situação parecida já ocorreu em anos passados, quando o programa brasileiro do álcool combustível quase desapareceu. Agora as consequências não são tão grandes como foram da primeira vez. Os carros, quase todos "flex", têm facilidade de operar a troca do combustível. Na vez anterior quem pagou "o pato" foram os donos de carros a álcool. Mas o que chama a atenção e preocupa é o descaso com o programa. Não há nada claro, não há estoque regulador, não há um controle eficiente. Um programa que admirou o mundo, parecer não passar de um programinha muito frágil que porque atrasou a colheita, porque o clima não beneficiou, porque não sei o quê, por isso ou por aquilo, o preço aumentou e pronto. São sempre assim as explicações dos que detém o controle desse combustível. Com a maior "cara de pau" os controladores das destilarias de álcool explicam o problema e fic