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Mostrando postagens de abril, 2014

NOVO MENSAGEIRO

Agora estamos com dois mensageiros do tempo aqui em nossa casa: o do vento que já faz ploc... ploc...ploc, há mais de ano, dia e noite, incansável e, recentemente, o da chuva. Explico: quando cansei de recorrer à construtora para que resolvesse o problema dos vazamentos na torre da caixa d’água sempre que chovia com vento, chamei um calheiro para que resolvesse o problema. Esse profissional fez um trabalho exemplar que não permite mais nenhum vazamento e nos deixou, como presente, o mensageiro da chuva. Sempre que começa a chover, os primeiros pingos, normalmente grossos e mais violentos, batem nos rufos fazendo um barulho onomatopaico gostoso: toc, toc, toc. Barulho que só para quando a chuva afina ou cessa. Bom para dormir ou ficar escutando bem quieto de baixo das cobertas quentes.

DESCENDO A LADEIRA II

Vejam a situação dos Correios: os diretores conhecem as “Greves Cíclicas” (aquelas que já são programadas e com datas para acontecer), mas pouco ou quase nada fazem para solucionar o impasse. Continuam recebendo correspondências e cobrando pelo serviço sem, contudo, entregarem esses documentos dentro do "prazo útil". E o povo, coitado, terá que pagar juros, correções e multas, se não apelar para o telefone atrás do código de barras e do valor devido. E o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)? Outro gargalo governamental, e, que, comprovadamente, não tem capacidade de administrá-lo ou, por outras razões, quer que prossiga assim. Começam-se os trabalhos, recebe-se o dinheiro e as obras param. As empreiteiras adotam o esquema da “criança briguenta”, aquela que para de chorar quando lhe fazem agrado. Somente continuam se houver reajustes nos contratos. E as obras começam e param, param e começam e se prolongam pelo tempo, conforme a alimentação do reajuste vai acontecend

DESCENDO A LADEIRA I

Do alto dos meus 65 anos, confesso não ter visto uma situação como a existente hoje. Ao se ler jornal, ver ou escutar notícias na televisão ou rádio, acessar a internet ou participar do face book, constataremos que os problemas encontrados são sempre os mesmos: o inconformismo, a revolta, a insatisfação, a desilusão com o que está acontecendo no Brasil. E o mais terrível: o povo sente-se impotente. As palavras e as reações diante dos problemas são sempre as mesmas: lamentável..., isso é Brasil..., que barbaridade..., fazer o quê? Acompanhando notícias do exterior é possível constatarmos que estamos sendo motivo de piadas, gozações pelo que vem acontecendo aqui. A corrupção parece que tomou conta do governo. Os órgãos públicos se tornaram ineficazes. As obras não avançam, a cotação da nossa Presidente cai; O PIB desanda (foi, inicialmente, programado para 4%, caiu para 3.6% e agora estamos em 1.8%); enfim, um descrédito completo toma conta do País. O que estaria acontecendo? -, per

COSTUME ANTIGO

Quando minha mãe se punha a lavar as garrafas que ia guardando ao longo do ano, eu sabia que estava próximo o natal. Dedicava cuidado especial na limpeza de cada uma. Não desistia enquanto não se certificasse que tudo estava limpo. Colocava-as de bico para baixo entre o vão de duas ripas para que secassem. No dia seguinte, voltava a examinar uma por uma, completando a limpeza das que ainda apresentavam alguma sujeira. Eu me perguntava o que levava minha mãe a fazer aquilo nos dias que antecediam o natal. Tanta dedicação e zelo! Observava-a e parecia sentir no seu semblante uma alegria incontida. Desenvolvia aquele ritual cantando músicas que eu não entendia. Uma língua diferente e estranha tomava conta dela nessas ocasiões. Quinze dias antes que o Noel chegasse, reservava uma tarde de sábado e o domingo, se necessário, para produzir um líquido e com ele encher as garrafas. Para ajudá-la convidava sua irmã mais nova, enquanto nós ficávamos -, crianças ainda entre cinco e oito anos,

NÃO SERÁ COBRANÇA IRREGULAR?

Acabo de receber cerca de trinta correspondências. Referem-se aos meses de fevereiro e março. Faturas, cobranças, demonstrativos de gastos. Todas já com prazos de pagamentos vencidos. Acho que não é nada de mais perguntar: e como fica isso? Onde está a responsabilidade dos Correios? Receberam para entregar dentro do prazo e simplesmente não fizeram. Não seria uma cobrança irregular? Não tem sentido entregar documentos já fora do prazo. Desculpam-se e justificam-se alegando que o motivo do atraso está na greve dos funcionários. A população não tem nada a ver com isso. É problema dos Correios e seus funcionários. Como as greves nessa instituição já se tornaram “cíclicas”, o certo seria não receber correspondências e nem cobrá-las pelo serviço de entrega durante o período de greves.  As trinta correspondências que recebi já não me têm qualquer valor. Deveriam ter sido devolvidas aos remetentes para que esses ficassem sabendo que os caloteiros não são os clientes.