REPLANEJAMENTO
Estou me sentido novamente um
pássaro livre. Levanto cedo: seis hora, chimarrão, notícias, resultados finais
das eleições. Chateado, mas livre e descompromissado. Meu candidato não foi
eleito, porém, certo do dever cumprido.
Enquanto tomo meu
mate, a Lu na cozinha prepara o café. Paro: fazer o quê hoje? Entregar-me à
irresponsabilidade? Fazer as unhas dos pés, das mãos. Separar as roupas para as
doações? Refazer as rotinas das caminhadas pela praia? Sentir novamente o mar,
a areia, o sol e o vento?
E pensar? Preciso
pensar também. Programar os passeios, fazer alguns reparos na casa. É necessário
concluir o pergolado que as atividades políticas haviam paralisado.
E o abandono que
ficou a grama! Até os passarinhos não tiveram sua quirera diária. Dessa vez
acho que paro. Havia prometido parar, mas não parei. Política no sangue,
parecendo um viciado.
Garrafa térmica já sem
água. Cuia com erva já passada. Ouço o chamado da Lu avisando que o café está
pronto. Vamos lá!
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