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Mostrando postagens de abril, 2012

TRABALHANDO EM BELÉM II

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O encontro do CODISE – (Colegiado Nacional de Diretores e Secretários de Conselhos de Educação) - de Belém, foi um sucesso. Uma participação marcante de 16 Secretários de Conselhos Estaduais, 8 Conselheiros de vários estados brasileiros, além de 32 Presidentes de Conselhos Municipais do Pará. Mas o que marcou em todos os participantes - além das palestras e discussões - foi a acolhida que o Conselho anfitrião ofereceu aos que lá estiveram. O Conselho do Pará deu uma demonstração de capacidade organizadora que começou com a sua presidente, Suely Menezes. Sob a coordenação da secretária Kátia Cilene Gouvêa Tárrio, conseguiu que todos os funcionários (as) do CEE/PA colaborassem. Presidente do CEE/PA.: Suely e Kátia: Secretária Esses funcionários - utilizando-se de seus carros particulares - fizeram questão de buscar na chegada e levar na volta - ao aeroporto - todos os participantes do Encontro. Um fato nunca visto nos 25 encontros acontecidos. Na última parte da

TRABALHANDO EM BELÉM

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O CODISE - Colegiado Nacional de Diretores e Secretários de Conselhos de Educação, realiza sua XXV Reunião Plenária, na cidade de Belém - PA. O Encontro começa no dia 25 e se prolonga pelos dias 26 e 27/04/2012. Os secretários dos Conselhos Estaduais do Brasil estarão presentes, debatendo assuntos de relevante importância para a educação nacional. O Encontro contará com a  presença de conhecidos palestrantes. Os temas: - "Diretrizes Curriculares para a Educação Básica", que terá como palestrante o Prof. Francisco Aparecido Cordão, que é o Presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação. - "Planejamento Estratégico dos Conselhos e Experiências do CEE/SC", tendo como palestrante o Professor Maurício Fernandes Pereira - Presidente do Conselho Estadual de Educação de Santa Catarina. - "O desafio da consolidação da autonomia dos Conselhos de Educação" - palestrante Profa. Suely Melo de Castro Menezes - Preside

SÓ AOS NOVENTA

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Não quis mais saber daquela casa. Pediu a uma das filhas – a que sempre lhe visitava – que o levasse de volta para o interior. Desejava morrer na sua pequena cidade. Ali nascera, crescera, ficara rico, ali casara e criara os filhos. Depois do que presenciara e da tristeza que sentira, a casa da capital, onde havia decidido passar seus últimos dias, já não lhe oferecia a paz esperada, nem lhe inspirava a confiança e a tranqüilidade que queria. Aos noventa anos – raros alguns momentos de turbulências – ostentava uma lucidez de gente nova. Os netos faziam silêncio e se acomodavam em círculo para ouvir suas histórias. Adorava um banho de praia e até uma cachacinha ou uma taça de vinho tinha ainda por costume. Morava com a filha mais nova, que nem tão nova era: entrara nos quarenta naquele ano. A única solteira e por esse motivo, os irmãos e as irmãs acharam que era a pessoa mais indicada para cuidar do pai. Dar-lhe apoio, acompanhá-lo em suas necessidades. Teve a melhor herança em troca

DIA DA CAÇA

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"E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora José?" (Carlos Drumond de Anrade)  E agora,  Bradesco? E agora, Itaú? E agora, Bamerindus? E agora, Santander? E agora, Unibanco? A festa acabou, o horizonte fechou, o povo sumiu, o lucro cessou, e agora exploradores? Vamos começar a debandada. Vamos abrir  contas no Banco do Brasil, na Caixa Econômica. Eles que corram atrás, que abaixem os juros, que eliminem as taxas exorbitantes! Parabéns Dilma, pela coragem!

OS AMORES DO CONQUISTADOR

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Não demorou muito para que se tornasse o mais procurado de todas. Só as bonitinhas. As feias e velhas ou não lhe interessavam, ou não eram aceitas. Ele parecia ter mel esparramado pelo corpo. Quem sentava, não desgrudava mais. Já no segundo mês de emprego, todas as escolhidas estavam sobre o seu controle. As novinhas podiam nem ser muito bonitas, as mais de idade precisavam ter beleza. Bem trabalhadas. Discretas e gostarem de amar. Exigia sigilo total, mas como o ser feminino gosta de vangloriar-se, divulgando suas conquistas, não demorou muito para que o pessoal ficasse sabendo. A última a ser informada – como normalmente acontece – foi a sua esposa. Ela passou a receber telefonemas e recebia também mensagens. Principalmente de Susi, que – afeita a um sadismo incontrolado – se especializara em descrever os momentos de felicidade que mantinha com o seu esposo. Márcia – a mais traquejada na arte de ser amante – para manterem-se juntos sem qualquer suspeita, propôs sociedade numa con

PÁSCOA

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TENHA UMA FELIZ PÁSCOA!

O RECADO

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- Ta vendo pai, veja a confusão que você criou! Te vire, resolva. Por enquanto, oração você não merece! Era uma família muito grande. Hoje já não existem famílias com tantos filhos. Antigamente, uma coisa muito natural. Não havia televisão, e o anticoncepcional só foi inventado muitos anos depois. A igreja exercia um domínio e uma fiscalização muito grande sobre todos os seus seguidores. O casal que se atrevesse a usar pílulas (que já começavam a aparecer), para controlar o nascimento de filhos estava cometendo pecado mortal. E pecado mortal era o instrumento que assegurava um lugar direto no inferno. Lugar que todos abominavam. Vejam só: doze irmãos, quatro eram homens e oito mulheres. Diferença de ano um do outro. Sem contar os que haviam morrido. Sabiam, pelas poucas e reservadas conversas da mãe, que tinham sido três. Mas, até bem pouco tempo, numa família de imigrantes, valorizados são apenas os homens. Só eles que trabalham, só eles que conseguem a atenção dos pais. As mulher

A CERIMÔNIA DO LAVA-PÉS

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Na quinta-feira santa acontecia a solenidade do lava-pés. Per-corríamos os três quilômetros que separavam o seminário da ca-tedral sempre com o mesmo espírito alegre que a idade facilitava. Fazíamos parte essencial das cerimônias. Como anualmente acontecia nessa época, a igreja sempre estava tomada de fiéis. Ocupávamos nossos lugares junto do harmônio e os cantos gregorianos interpretados em latim, tomavam conta do ambiente todo. Dom Carlos - o velho bispo diocesano - comandava as atividades litúrgicas, ricamente paramentado. Todos os anos eram escolhidas pessoas da comunidade, doze, para representarem os apóstolos. Sempre homens já com certa idade e reconhecidamente católicos praticantes. Ficavam sentados, seis de um lado e seis do outro. Dom Carlos ficava no corredor formado ao meio. Um ajudante conduzia a bacia com água e o bispo ia lavando os pés de cada um, enxugando-os e beijando-os depois, enquanto recitava orações alusivas à solenidade. Eu observava aquela cerimônia e me ma

CRÔNICA PARA UM FERIADÃO

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Pois a semana toda passei por um dilema: viajo ou fico em Curitiba. Antigamente, nem pensava, decidia logo e partia. Hoje não. São tantos os problemas, que precisamos analisar! As rodovias estão um inferno. Tomadas de carros, cheias de motoristas irresponsáveis e nas “despedagiadas”, só buracos. Você corre um risco enorme de nem chegar ao destino. Para voltar, então, é um Deus nos acuda. Congestionamentos e mais congestionamentos criam filas quilométicas e todos, ansiosos pelo retorno à casa, cometem barbaridades. Milhares de carros foram despejados nas cidades e nas estradas e elas não sofreram nenhuma ou mínimas modificações. Não sou contra a conquista que o povo teve de possuir seu carro, falo da ineficácia dos administradores que estão perplexos, mas não fazem nada para solucionar ou amenizar o problema. Pois bem, vamos analisar uma saída num feriadão aqui de Curitiba. Você tem algumas opções: ou se vai para o litoral, ou se vai para o interior. Raros escolhem a Régis Bitencourt

DOMINGO DE RAMOS

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O Domingo de Ramos era uma data especial para os jovens daquele seminário. Logo pela manhã, iam todos para a cidade. Uma caminhada de três quilômetros, do lugar onde moravam até o centro da cidade, onde se localizava a catedral. Os mais velhos - já vestidos com batinas - eram admirados pelos mais novos. Seguiam pelas ruas da cidade caminhando através das calçadas em conversas baixas e poucos risos. Pareciam respirar o silêncio do início da Semana Santa. Já era tradição participarem - na velha igreja da cidade -  do coral que interpretava músicas gregorianas com le-tras sacras em latim. Dom Carlos, o Bispo, puxava a Procissão de Ramos. Ia num caminhar lento e concentrado. Usava roupas de gala. Os seminaristas seguiam logo atrás, compenetrados. Cada um carregando o seu ramo para ser bento. Interpretavam uma letra em latim que nunca mais esqueci: “Pueri hebreorum, portant ramus olivarum.” (Meninos dos hebreus, carregando ramos de oliveira). Hoje, recordando daquelas cenas, emociono-me

DEMÓSTENES, DEMÓSTENES...!

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Foto do google Depois dessa do Demóstenes, vamos esperar o quê?   Aquele íntegro senador, sempre procurado pela imprensa para comentar e criticar a corrupção, está sendo acusado de ser mais corrupto do que aqueles que eram por ele criticados. Aquele velho ditado: “Per fora, bela viola; per dentro, pão bolorento”. Essa atitude intriga a todos. Como pode uma pessoa, acusada de ser tão corrupta, passar por arauto da integridade, modelo a ser seguido e salvador da pátria, durante tanto tempo? Desse acontecimento, uma lição parece que pode ser tirada: fingir-se de bonzinho e íntegro durante algum tempo é possível, mas sustentar essa situação, quase impossível. Que será de Demóstenes, o homem puro de outrora, se tudo isso for verdadeiro? Desgraça? Pizza? Não adianta querermos apontar os defeitos dos outros se ignoramos e escondemos os nossos. A ira e a raiva virão em dobro, Demóstenes - o puro que não parece ser tão puro!