Postagens

Mostrando postagens de junho, 2012

VAI FALTAR ÁGUA

Imagem
Eu sei que as explicações estão sendo dadas. Sei que a maioria tem aceitado. Também eu as aceito, mas com uma eterna desconfiança e sempre me questionando: alguma coisa não está certo! Refiro-me a rotina que virou faltar água em Curitiba, principalmente nos finais de semana. Sinto que algo mais do que reforma e atualização de rede de abastecimento esteja acontecendo. Recentemente recebi um amigo do Rio de Janeiro num desses finais de semana. E como já é comum,  Curitiba não tinha água. Tenho um reservatório de mil litros, o que é bastante para o consumo diário de duas pessoas. Pois justamente no domingo os mil litros haviam terminado. Meu amigo carioca, não entendendo a situação, descrente de que estava faltando água em Curitiba, questionou-me: - Não entendo esta falta de água numa cidade que chove constantemente e faz de tudo para manter a imagem de local de primeiro mundo. Calei-me sem uma explicação convincente. No fundo, no fundo, ele estava certo. Não

ISOLAMENTO PARAGUAIO

Imagem
Situação essa do Paraguai! Os senadores aplicaram a Constituição e num piscar de olho substituíram o Presidente. Que estava meio conturbada a administração Lugo isso estava, porém, que coisa estranha: democracia que age com rapidez, mas que peca por não oferecer defesa. Depois disso os ânimos dos novos mandatários parecem ar-refecer-se: insinuam que não vão mais vender a energia de Itaipu ao Brasil (isso consta do acordo binacional considerando que o Paraguai não teve nenhuma participação financeira na construção da usina); ensaiam constantes fechamentos da Ponte da Amizade; evidenciam que os brasiguaios não estão sendo mais bem-vistos. O próprio Presidente deposto - logo no início do seu mandato -  já chantageou o Brasil exigindo aumento no preço da energia proveniente de Itaipu. Embora isso não fosse uma medida legal, o Brasil cedeu concedendo o aumento pedido. Observo o mapa do Paraguai e vejo-o encravado na América Latina entre Brasil, Bolívia e Argentina.

VAI AO DENTISTA?...

Imagem
No dia 13/01/2012, postei neste "blog" a crônica que intitulei “A Cirurgia”. Nela, de forma indireta, eu tecia uma crítica aos odontólogos, evidenciando o despreparo que possuem, o apego financeiro exagerado que demontram e a forma indiferente como tratam seus pacientes, enchendo-os de esperanças que dificilmente são realizadas. (bom lembrar que há exceções, com profissionais honestos e competentes). Na ocasião, aquele paciente fazia implantes dentários. Demorou mais de trinta dias para se recuperar da cirurgia. Seu rosto ficou totalmente deformado e cheio de hematomas. O dentista, ao ser procurado, disse que aquilo era normal. No início daquela crônica o profissional, ao sentir um comportamento estranho no paciente, lhe pergunta se ele possuía algum problema de saúde. O homem estava anestesiado, boca cheia de ferros, língua grossa e insensível. Como iria responder? Aquela pergunta teria que ter sido feita antes, num trabalho pré-operatório, nunca naquela hora.

UM CARTÃO PARA JANDIRA

Imagem
Infeliz dele, acometido de uma doença incurável. Vários meses lutou contra os efeitos contrários que o atacavam e iam minando suas resistências. Primeiro parou o rim, depois vieram complicações nos intestinos. Seguiram-se um acometimento de glicemia alta, dificuldades na respiração que culminaram em pneumonia. Tudo resultado de um câncer. Quando ele aparece, dizem que já se pode preparar o caixão. Inútil foi o esforço da família, perdidas as noites sem sono. Antes de completar um ano da descoberta, deu adeus. Nos momentos finais parecia conformado e certo da partida, mas durante todo o tempo que antecedeu à entrega, sempre transmitia um desejo enorme de viver. Mas o resultado é ingrato com os que se vão. Todos os presentes têm sempre um mesmo recado conformista à família que fica, principalmente ao parceiro ou parceira: Deus quis assim. A vida continua. Bola pra frente! Coitados dos que morrem ! Raramente não é assim. Passados os momentos críticos da velação, da missa de

TEM ONÇA DO LADO DE CÁ

Imagem
P ois o Fermino me contou uma história que teimou em afirmar ser verdadeira. Disse que tá cheio de onça lá pelas bandas da Fazenda 29. Lá pelas barrancas do Rio Paraná. Do lado de cá. Do lado do Paraná. Contam os sem-terras, que as “bichonas” são grandes, do tamanho de um terneiro que já deixou de mamar. Os sinais das patas estão por todos os lugares. Custei a crer na história, mas depois que me explicou com aquele cuidado e paciência que só ele tem quando conta suas histórias, passei a acreditar. Mas como está aparecendo onça do lado de cá? Insisti e ele começou. Foi assim. Mais uma daquelas patacoadas do governo. O governo federal inventou de criar uma área de proteção ambiental do lado de lá do Paranazão. Desapropriou um pedaço enorme de terras. Muitas e muitas propriedades todas juntas e fez da famosa Fazenda Peroba - na beira do Ivinhema - o quartel general da fiscalização. Encheu de policiais que não deixam mais ninguém pescar nem caçar lá por aquelas bandas. Tá ch

PESCANDO NO PORTO NATAL

Imagem
Neste último feriadão, estive fazendo uma coisa que gosto muito: pescar. Foi no rio Paraná. Em Querência do Norte. Alugamos uma casa no Porto Natal e lá passamos o tempo entre pescaria, churrasco e cerveja, é claro. A  turma de pescaria é de um companheirismo que impressiona! Tive oportunidade de reencontrar os colegas pescadores de minha época daquela cidade. O Zé do Lídio, o Cizino, o Magrão, o Maurício e também gente que não enfrenta um barco para pescar, mas sempre está por lá quando marcamos pescarias: o Vlaumir. É claro que não me esqueço nunca do Tiãozinho. O Tiãozinho está sempre igual: alegre, cheio de sonhos, apesar dos seus oitenta anos. Esse homem parece de ferro! A Marlene, solícita e alegre, torcendo para que peguemos algum peixe para não desistirmos do Porto Natal. A Maria Isabel e a Zani nunca faltam. Tiram sempre um dia e preparam  comidas diferentes,  lavam as louças e nunca abandonam um bom papo. Faltou a Nena desta vez. Não falta nunca um bom

A TOMADA

Imagem
  Paro de ver as propagandas postas no jornal e pergunto a minha esposa: - Que significa talk, options, appeler, go to, sing in? - Sei lá! - responde ela. - Parece que estamos num outro país! - comento eu. - Lá vem o Mário com suas preocupações! - faz um comentário desinteressada. Tem umas palavras acima que dá até para arricar  tradução, mas outras..., só dicionário, ou pedir para uma criança. A minha sobrinha de doze anos, traduziu-me todas. Ficou espantada por eu não saber isso. Pois essas palavras são utilizadas nos aparelhos celulares fabricados no "Brazil", utilizando somente palavras estrangeiras.  Aí fiquei a analisar e conclui: "eles estão tomando conta de tudo!"   Apavoro-me com este meu patriotismo que ainda não acabou, mas que deixa de existir lentamente nas gerações que chegam. Aprendem palavras inglesas, substituídas pelas portuguesas e nem percebem isto. Quase todos dizem  que isso é normal e bom, que enriquece a língua. E