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Mostrando postagens de junho, 2010

JOGO COMPLICADO

A Copa do Mundo deste ano não está lá essas coisas! Parece faltar algo que havia nas outras. Mas bastou a quarta-feira ficar sem jogo e já houve quem reclamasse. Não sei se é a ausência do barulho das vuvunzelas, ou a esperança de que pudesse aparecer um pouco de futebol a mais. Certas partidas, ao invés de nos prender e emocionar, provocam sono. Lembram-se de Paraguai e Japão? Mas o que me deixa inquieto é que a imprensa parece que está querendo antever alguma coisa. Insiste em dizer que não jogarão Elano nem Felipe Melo, porque estão machucados e Ramires (que recebeu o segundo cartão e não poderá jogar), devia ter sido substituído por Dunga, para não acontecer o que aconteceu, afirmam. A Holanda sempre provocou arrepios. Quem não se lembra da "laranja mecânica" e do gol salvador do Branco? Sempre foi uma seleção cheia de gente boa, que não entrega facilmente uma batalha. As entrevistas do nosso técnico e as opiniões dos comentaristas esportivos ressaltam as qualidades do

ARGENTINA x ALEMANHA

Vários amigos já me perguntaram se torço para a Argentina ou para a Alemanha. Respondi que para nenhum. Não entenderam a minha posição. Interpretaram que eu ficaria em cima do muro. Só tiveram a coisa clara quando dei a minha explicação. Disse-lhes que sou a favor do empate. Empate nos noventa minutos, empate na prorrogação e todos os pênaltis convertidos, de ambos os lados. Já imaginaram uma situação dessas? Dá até para criar a cena naquele estádio lotado, com os jogadores estendidos pelo campo, uns respirando ofegantes, pedindo água, outros se retorcendo em cãibras, alguns querendo que a situação se resolva logo; todos arrasados emocionalmente? Vários sem poder jogar na próxima partida por causa dos cartões amarelos ou vermelhos recebidos, outros pelas contusões adquiridas durante o jogo. Já pensaram decidir a partida na moeda, depois disso tudo? Diante de uma situação assim, precisa escolher o adversário? Qualquer um será bom. Qualquer um será vice. Isso se conseguirmos passar pelo

CURITIBA - Correção

Para não ser injusto, cito aqui o nome do idealizador da divulgação que comentei abaixo: Luiz Bocian. Excelente trabalho, Luiz!

CURITIBA

Dia desses recebi um "email" da minha amiga Vilminha que fazia uma divulgação dos principais pontos turísticos de Curitiba. Achei-o interessante e aproveitei para encaminhar a muitas pessoas do meu relacionamento. Conheço todos os locais que aparecem ali divulgados, mas uma coisa me chamou atenção: as imagens muito bem escolhidas e a música de fundo, um tango "Te he visto passar", de Enrique Kia, dão uma tonalidade especial à propaganda. Pormenoriza os principais pontos, divulga a "Linha Turismo" que percorre esses locais e deixa um ar europeu à nossa cidade. Confesso que gostei. Parabéns ao seu idealizador! Curitiba realmente é uma cidade linda. Muito mais quando mostra um céu azul e um sol que diminui e torna gostoso o clima frio de inverno.

BRASIL X PORTUGAL

O jogo de hoje estava revestido de uma expectativa muito grande. É nessas horas que se percebe o quanto o brasileiro ama o futebol e torce pela vitória do seu time. Tudo gira em torno do verde amarelo. Jornais, rádios, televisão fazem pesquisas querendo saber o placar do jogo entre a população. Pouquíssimas pessoas dão palpites contra o Brasil. Todos parecem sentir uma vitória antecipada. Angustiam-se porque o momento demora para chegar. Na partida de hoje o Dunga surpreendeu a todos. Estava certo de que não teríamos Kaká, nem Elano, mas nunca imaginávamos que ficaríamos também sem Robinho. E por isso, nosso time ficou o tempo todo tocando bola no meio de campo. Ia e vinha, de um lado para o outro. Parecia não saber onde estava o gol. Parecia estar com medo. Os portugueses de Ronaldo Cristiano quase não viram a cor da bola nesse primeiro tempo, mas poderiam ter ganhado o jogo no segundo. Escolheram o português como o melhor da partida, contudo também ele fez muito pouco. A verdade que

VIDA LOUCA

Durante toda a viagem fui pensando: reveria a Antônia, sempre tão risonha, o Eduardo, habitualmente tão parado, a Arlete, constantemente alegre, a Eduarda, minha antiga namorada, o Felício, tão cheio de segredos, a Ana Rosa, ah! a Ana Rosa! Sempre tão fogosa! Encontraria a Patrícia, abraçaria a Débora, beijaria a Beatriz, oh, como seria feliz! E a viagem não terminava, com curvas sempre temidas, e retas intermináveis! Lembrava-me da Odete, oh, quantos anos! Talvez encontrasse a Margarete, a Izaura, mocinhas de outros tempos, que me tiraram tantos sonos, e me custaram tantos copos! No término da longa viagem, no lusco-fusco do anoitecer, numa luz tão reduzida, esbarrei na Ermida, a amada de outros tempos, que não consegui reconhecer.

OS MENDIGOS DE ROMA

Impressiona a quantidade de mendigos vivendo nas ruas da cidade de Roma. Em todas as igrejas - e são muitas - há no mínimo um. Estão sempre posicionados (sentados) nas entradas principais e, muitas vezes, dificultam até a entrada dos visitantes que querem conhecer o interior das igrejas. A maioria são mulheres. Sempre vestidas com roupas esfarrapadas, sujas e largas. Mostram apenas parte do rosto (há as que chegam a ocultá-lo). Situação que constrange as pessoas que passam. Pedem dinheiro a todos os que entram e também aos que saem. Xingam aqueles que se omitem de lhes dar ao menos uma moeda. Trazem junto de si uma espécie de bandeja onde são depositadas as doações, deixando-as ali expostas. Estendem as mãos trêmulas, associadas a uma voz chorosa. Dos países que visitei, é na Itália que se encontra o maior número de pedintes. Em menor quantidade, existe também em Portugal. Surpreendeu-me a existências disso.

PENSANDO SOBRE ROMA

O turismo em Roma é uma coisa indescritível! Só indo lá para entender. Os turistas ocupam as ruas tornando-as uma verdadeira Torre de Babel. É um número incalculável de línguas faladas, por uma incalculável quantidade de curiosos, vindos dos mais variados lugares do planeta. E por isso, Roma vive de turismo. Alimenta-se de turismo e tem consciência de que sem ele, não conseguirá sobreviver. Para um sul americano como eu, vivendo num país que apenas tem quinhentos anos, é até difícil entender que tudo aquilo que se apresenta a sua frente tem mais de dois mil. Se Roma não mantiver conservado o seu passado, não sobreviverá no futuro.

MIERDAS DE PERROS

A cidade de Madri é linda e enorme. A sua parte central tem ruas largas e organizadas. Praças por todos os lados e todas muito imponentes. Não há edifícios altos, giram em torno de quatro a seis andares, em sua maioria numa tonalidade marrom, por causa das suas paredes com tijolos expostos. Não existem quase congestionamentos de carros, porque há um sistema de transporte coletivo muito eficiente. Tem um metrô novo e ramificado por todos os lados da cidade (em sua maioria subterrâneo), que transporta a população sem quase nem ser percebido a movimentação. O sistema de ônibus coletivo é super eficiente e também o trem que anda numa velocidade impressionante, ligando a capital com as outras cidades do país e da Europa. E são três milhões e duzentos mil madrilenos, sem contar o exagerado número de turistas que visitam a cidade todos os dias. O aeroporto de Madri/Bajaras está totalmente reformado, com uma ampliação que prioriza a empresa aérea espanhola Ibéria. Mas o que torna incompreensív

LÁ TAMBÉM TEM

Não pensem que tudo na Europa é bonito e maravilhoso. Pois no final do primeiro dia do nosso passeio por Lisboa, cansados e longe do hotel onde estávamos hospedados, resolvemos tomar um ônibus para voltar. Tínhamos acabado de conhecer a Torre de Belém, passado pelo Monumento dos Descobrimentos, observado as belezas do rio Tejo, que logo abaixo deságua no Oceano Atlântico e percorrido o interior do Mosteiro dos Jerônimos. Bem a frente desse mosteiro tomamos o ônibus para voltar. Os portugueses chamam de elétrico. Estava lotado e precisamos ficar em pé. Logo que entrei percebi alguma coisa de estranho nas atitudes de uma mulher que se encostou e com jeitinho me foi levando para um canto. Foi quando ouvi o Fausto falando alto para um homem que estava bem a minha frente: - Tira a mão daí! O dinheiro do meu pai não! Do meu pai não! Foi quando olhei para o bolso da minha calça que estava com o ziper aberto e o maço de euros (que os tinha preso com um clipes) totalmente exposto. Eu que achava

É EDUCAÇÃO

No final de março passado, estive passeando pela Europa. Conheci, nos 16 dias que por lá estive, cidades como Lisboa, Sintra, Madri, Toledo, Roma,Florença, Veneza e Paris. Entre as muitas coisas que se aprende num passeio desses é a educação que todos os países europeus têm e que nós, brasileiros, ainda não conseguimos implantar aqui. As cidades mencionadas, excetuando Sintra, Toledo, Florença e Veneza, são bem maiores que Curitiba. Madri tem três milhões e duzentos mil habitantes, Lisboa está com dois milhões e oitocentos, Roma possui dois milhões e seiscentos e Paris, sem a área metropolitana tem dois milhões e duzentos, mas chega a onze milhões se contarmos as cidade que estão ao seu redor. Nessas capitais quase não vemos congestionamentos de carros e uma coisa chama atenção de qualquer visitante observador: todos os motoristas param quando um pedestre deseja passar a rua nas faixas. Basta gesticular indicando seu desejo de cruzar. Um desafio: atreva-se a fazer isso na nossa Cur

PENSAMENTOS

Lendo o livro: Da sabedoria clássica à POPULAR, de Jacir J. Venturi - Curitiba: Unificado, 2008, encontrei alguns pensamentos que achei interessantes: - " O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença." ( Érico Veríssimo) - "Uns nasceram para o martelo, outros para a bigorna". (Voltaire) - "Pessoas idosas dão bons conselhos, pois não conseguem dar maus exemplos". (Chiste Popular) - "Coração é terra que ninguém pisa." (Citação de Hélio Congro) - "Se queres ser bom juiz, ouve o que cada um diz." (Anexim popular) - "Que Deus me proteja dos meus amigos. Dos inimigos, cuido eu." (Voltaire) - "A gente não envelhece de todo. Fica sempre um pouco de mocidade nas meninas de nossos olhos." (Anônimo) - "O mundo não está interessado nas tempestades que encontraste. Quer saber se touxeste o navio." (William McFree - escritor inglês) - "No fim, tudo dá certo. Se não deu, é porque ainda não chegou ao fim."

LEMBRANÇAS

Dia desses precisei fazer uma viagem meio de emergência. Minha mãe, já bem velhinha, tivera um problema de saúde e interpretei como bom sinal esse seu desejo de me ver. Fomos eu e a Lu, minha esposa. Nos quase quinhentos quilômetros que separam Curitiba de Pato Branco, chegou uma hora que os assuntos acabaram. Ela reclinou-se no assento e cochilou, eu não podia me dar a esse luxo, mas que tive sono isso tive. O silêncio se instalou e apenas o ronco do carro quebrava a monotonia daquelas retas dos campos de Guarapuava. Comecei a lembrar do passado. Do tempo que íamos de Querência do Norte, onde morávamos, para visitar os meus pais, irmão e irmãs em Mariópolis, depois em Pato Branco, já com mais parentes. Juntos iam o Fausto e a Felipa ainda pequenos e arteiros. Brigavam, batiam-se, choravam, faziam uma bagunça no interior do carro o tempo todo. Chegavam a provocar balanços que desequilibravam o veículo. Nós ficávamos nervosos e muitas vezes eu chegava a parar o carro para resolver a sit