Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2013

É TUDO IGUAL

Lá pela metade de abril passado, instalei um pacote da Net no qual estavam inclusos TV a cabo, internet e telefone.  Dia desses fiquei ausente de minha casa e ao retornar constatei que a internet e o telefone não estavam funcionando. Fiquei sabendo que havia queimado o aparelho responsável pelo fornecimento de ambos os serviços. Quando o técnico chegou, constatou o problema e substituiu o “modem”.  Ao manter contato com “os caras da Net” para registrar a troca, recebeu a ordem de não fazer essa substituição: "não podia colocar um aparelho que possuía “wi-fi”. Devia colocar um aparelho simples". Informado pelo técnico que o aparelho reposto não seria igual ao que existia, indaguei o porquê de tal procedimento. Deu-me a informação de que não havia mais esse plano e que se eu quisesse um “modem” com “wi-fi” deveria aumentar minha capacidade de “megas” contratados o que implicaria num aumento no valor da mensalidade. Não concordei com a proposta principalment

DIA DE RESCALDO

         O desespero e a aflição já começam no domingo à tarde. Não existe coisa melhor que a sexta-feira - num final de expediente! Ela sempre nos permite a renovação de projetos, idéias e sonhos que, normalmente, morrem na fatídica tarde de domingo. Quer dia pior que este depois do churrasco, aperitivos e cervejas, de estômago cheio, cabeça rodando seguidos do sono que sempre acontece?         Tenho acompanhado a reação do funcionário público e do empregado de empresas particulares. Constatei que não há uma diferença marcante entre um e outro. Todos esconjuram a segunda-feira. Porque a vigilância é maior nas empresas particulares, o empregado chega mais aceso, porém cheio de problemas reunidos durante os dias de folga. Quer ver as dificuldades tornarem-se mais evidentes se o time do coração levar uma esfrega! Dizem que a cidade de São Paulo sofre na segunda-feira, quando o Corinthians perde no domingo.         Mas com o funcionário público a situação parece ser um pouco difere

ENEM

A notícia de que o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) 2013 teve uma queda de qualidade em relação ao de 2012, deixa de orelha em pé todos os brasileiros que atentam com o progresso do País. Essa queda, sem dúvida, é preocupante, pois mostra que a nossa educação não vai bem. Evidencia que “os brasileirinhos” estão "emburrecendo".    O livro "1889", de Laurentino Gomes, à página 240, diz que por volta de 1850, a educação recebida pelas filhas do Imperador Dom Pedro II, era uma formação, no mínimo capaz de estressar qualquer estudante brasileiro da atualidade. Transcrevo um trecho da página citada: “Na infância, Isabel submeteu-se com a irmã, Leopoldina, um ano mais nova do que ela, a um formidável programa de educação concebido pelo pai. A rotina diária de estudos prolongava-se por nove horas e meia, seis dias por semana. Incluía aulas de latim, inglês, francês e alemão, história de Portugal, da França e da Inglaterra, literatura portuguesa e francesa,

"AMOR À VIDA"

Não sou afeito à novelas. Talvez pela falta de tempo, nunca tive muita queda pelo gênero. Agora que estou entregue às irresponsabilidades de uma pessoa aposentada e sem qualquer compromisso marcado, dei de ligar a televisão com mais assiduidade. Chamou-me atenção a novela Amor à Vida, da Globo, exibida diariamente após o Jornal Nacional. Despertou-me curiosidade e preocupação os acontecimentos mostrados ali. Não que me considero um “velho babaca” e ultrapassado, como a Aline chama o Lutero, mas confesso que cheguei a sentir um mal estar em certas ocasiões.  Mostra-se uma ruptura dos costumes tradicionais e da moralidade cultivados ao longo da nossa vida. Cenas explícitas de sexo, transgressão aos princípios morais, demonstração das falcatruas praticadas em setores que julgávamos sérios (hospitais), falsificações de exames e documentos, demonstração da fragilidade do casamento, normalidade nas transgressões matrimoniais, traições familiares objetivando lucros. Sadismos, indiferença

Livro interessante: MOBY DICK

Dia desses retirei da prateleira de minha biblioteca um livro velho, grosso, de formato feio e envelhecido, que estava ali nem sei há quanto tempo. Não tenho lembrança de quando foi adquirido. Nunca o havia sequer folhado: Moby Dick, do escritor americano Herman Melville, tradução de Berenice Xavier, que não fez sucesso na época da publicação, 1851 (pelos comentários que li depois), mas se tornou um dos clássicos da literatura mundial. Acabo de lê-lo. São 582 páginas. Este livro é um tratado sobre as baleias, sobre os navios baleeiros que, antigamente,  cruzavam os mares sem qualquer controle, matando esse animal para extrair dele o óleo e o espermacete, utilizados na iluminação da época.   Essa leitura, além de me ter fornecido um largo conhecimento sobre o assunto, mudou a visão que eu tinha desse animal. Considerava-o manso, lento, uma presa fácil de ser capturada. O livro mostra tudo ao contrário: a baleia é um animal enorme, agressivo, rápido, violento e difícil de ser ap

TUDO PELO AMOR

O rapaz não tinha mais que uma gaita oito baixos, uma bombacha, uma camisa riscada, um lenço vermelho a lhe ocultar o pescoço, um chapéu e uma alpargata surrada.  Fazia o instrumento chorar quando reunia o pessoal dos vilarejos que sempre aguardavam e sabiam da sua chegada. Um andarilho de vila em vila, comia e bebia do que lhe davam. Cama tinha sempre garantida, pois era uma honra, entre aqueles colonos, hospedar uma pessoa daquelas: tão cheia de dotes, um grande artista.   Disputavam o prazer de tê-lo em casa e oferecer-lhe comida, banho e leito.   Não havia outros entretenimentos que não a música daquele jovem ou os encontros na capela nos finais de semana. Passava a noite puxando a oito baixos enquanto o pessoal ouvia ou dançava no terreiro de chão batido. Tinha um sotaque que o tornava conhecido. Filho de imigrantes italianos que não querendo saber do trabalho da roça, aprendeu as notas musicais, arranjou um instrumento e começou sua caminhada de colônia em colônia, o

SOLUÇÕES

O eletricista havia prometido, pela terceira vez, atender aos pedidos daquele senhor. Precisava que fizesse um levantamento nas instalações da casa porque o consumo de energia estava muito alto. Queria também a colocação de umas "lâmpadas de led" para iluminar a casa durante a noite. Finalmente, desejava que fosse instalada uma campainha eletrônica para anunciar o momento de chegada das pessoas que vinham visitá-lo. Pois pela terceira vez o eletricista prometeu que viria. Em todas elas marcara horário. Nunca apareceu e nem justificou sua falta.  A filha, para quem o pai desafogava suas mágoas, pedia paciência. Dizia que o povo daquele lugar era diferente. Dava orientações de como deveria proceder dizendo que aquele modo de ser estava arraigado no sangue da população. Se quisesse ser atendido e ver o serviço realizado devia ser assim. Pois aquele senhor, já calejado pelos anos, ouviu as explicações da filha, mas se recusou a aceitá-las. Era muita humilhação precis

TRIBUTO A UM COMPANHEIRO

Tantas pessoas vivem fazendo o mal e não morrem. Outras tantas boas que passam a vida semeando o bem são ceifadas cedo. Meu amigo Vilson Zago enquadrava-se entre os bons. Fiquei sabendo de sua morte dias depois. No momento da notícia senti um choque enorme e fui tomado de uma tristeza incontida. Não me lembro de uma ação sequer do Vilson Zago que não tenha sido dirigida para o bem. Professor, dedicou sua vida a ensinar. Admirava-o pela facilidade que tinha de transmitir a matemática.  Quando me mudei para Querência do Norte, em 1972, na flor dos vinte e três anos, encontrei-o já professor. E foi ensinando que passou o tempo e se aposentou. No meu mandato de prefeito, nos anteriores e posteriores também, foi Secretário Municipal de Educação, todos o queriam. Nunca me trouxe um problema sequer. Resolvia-os. Querência do Norte sem dúvida perde um cidadão exemplar que partiu cedo demais. Pessoas assim deviam viver mais tempo. Cidadão exemplar, professor exemplar, marid

PREÇO ALTO

No jornal “O Globo” de 07/11/2013, página 16, um comentário de Ancelmo Gois chamou-me atenção. Intitulado “Preço Alto” o texto dizia assim: “O jornalão “The Guardian” publicou reportagem, semana passada, desencorajando os ingleses a virem para as Olimpíadas de 2016 no Rio. Dizia que os hotéis estão cobrando preços abusivos e que a solução mais viável seria utilizar os hostels situados em favelas.” Interessante que os cariocas ainda não se deram conta para os preços exagerados que estão cobrando. É na diária da hospedagem, no valor dos imóveis, nos serviços, etc., etc. Há tempos passados, quando de uma Conferência Internacional que estava marcada para acontecer na Cidade Maravilhosa, várias delegações de países europeus -, alegando também extorsão no preço dos apartamentos -, simplesmente não vieram participar. Cobram muito caro pelas coisas que oferecem e isso pode gerar consequências.