ENEM

A notícia de que o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) 2013 teve uma queda de qualidade em relação ao de 2012, deixa de orelha em pé todos os brasileiros que atentam com o progresso do País.

Essa queda, sem dúvida, é preocupante, pois mostra que a nossa educação não vai bem. Evidencia que “os brasileirinhos” estão "emburrecendo".   

O livro "1889", de Laurentino Gomes, à página 240, diz que por volta de 1850, a educação recebida pelas filhas do Imperador Dom Pedro II, era uma formação, no mínimo capaz de estressar qualquer estudante brasileiro da atualidade.

Transcrevo um trecho da página citada: “Na infância, Isabel submeteu-se com a irmã, Leopoldina, um ano mais nova do que ela, a um formidável programa de educação concebido pelo pai. A rotina diária de estudos prolongava-se por nove horas e meia, seis dias por semana. Incluía aulas de latim, inglês, francês e alemão, história de Portugal, da França e da Inglaterra, literatura portuguesa e francesa, geografia e geologia, astronomia, química, física, geometria e aritmética, desenho, piano e dança. Mais tarde, passaram a incluir também o italiano e o grego, história da filosofia e economia política. No começo o imperador encarregava-se pessoalmente das aulas de geometria e astronomia. Chegou a escrever um tratado sobre astronomia para as princesas.”

Guardadas as devidas proporções e considerando que todos esses ensinamentos eram dirigidos às filhas do Imperador, se fizermos uma comparação com o currículo educacional de hoje, (quer das escolas públicas, quanto das particulares), perceberemos que não ocorreu uma evolução. O que se constata é uma enorme "involução".

Os alunos não têm o hábito de ler, não sabem escrever, não interpretam um texto. Tiraram-lhes a tabuada, diminuíram a grade curricular, não se conscientizam que é necessário mais horas de estudos, repudiam a implantação de um período integral porque isso irá onerar sobremaneira os cofres públicos. 

E tem mais: a criança precisa brincar, o aluno necessita de lazer, justificativas baratas utilizadas na política educacional brasileira.


Assim, vamos sendo levados. Não é o inteligente e o letrado que conduz com facilidade aqueles que não se aperfeiçoam? Até a nossa Presidente está sendo vigiada por "seres superiores". 

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