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Mostrando postagens de 2015

DO LADO MAIS FRACO É QUE REBENTA A CORDA

Precisei cancelar -, por motivos maiores -, um voo da Azul, do Rio de Janeiro a Florianópolis.  Junto à empresa aérea não tive qualquer problema: o cancelamento foi rápido e desburocratizado. As dificuldades  ocorreram com a dona do cartão: VISA. Essa compra aconteceu no dia 12/02 e a viagem seria no dia 13/02. No dia 20/02, recebo a fatura do mês e encontro lançada a importância da compra da passagem e também da taxa de embarque, evidenciando que não havia acontecido o cancelamento. Por diversas vezes tentei contato com a operadora do cartão (VISA), mas todas as tentativas redundaram em nada. Ou a ligação caía, ou uma mensagem informava que o número estava incorreto, o que não era verdade. Por último tentei o Banco que intermediou e forneceu-me o cartão. A explicação foi rápida: havia sido efetivado o cancelamento, mas a devolução da importância somente aconteceria no mês de abril. Era necessário que fosse paga a importância lançada, que ela seria ressarcida no mês seguinte.

POR ONDE ANDEI

Passei o Carnaval de 2015, no Rio de Janeiro. Quer lugar mais certo para ver e conhecer o mundo carnavalesco? Opiniões divergem: há os que defendem Salvador; outros preferem Recife-Olinda. Não fui ao Sambódromo, mas tive a satisfação de assistir o carnaval que se desenvolve nas ruas do Rio. Esse é o carnaval original, o verdadeiro carnaval carioca, nascido da inata necessidade de fazer festa. Formam-se blocos uniformizados que desfilam pelas ruas cantando músicas carnavalescas interrompendo o trânsito com a anuência do povo. O motorista carioca convive com essa situação, aceita e até participa. Para nós, sulistas, é uma novidade. O povo daqui – acho que pela índole e origem - não é dado a essas atividades festeiras. Mais retraído, não gosta de passarela, não prestigia os desfiles; aproveita o feriadão para convívios familiares e descansos que não se assemelham aos praticados mais lá para cima. Mas voltando ao Rio de Janeiro, um comportamento praticado pelo povo colabora pa

FRASE DE LUTERO

Dizem que Martinho Lutero -, lá por volta de 1540 -, teria proferido uma frase que vem atravessando os tempos: “O mundo de hoje é feito para os jovens.” Despreocupado com a autoria, assimilo este pensamento, pois sei que continua atualíssimo . Há, como esta, frases que não morrem, que atravessam os tempos e continuam atuais. Até parece que a atualidade não tem mais pessoas criativas e capazes de sentir os problemas que se perpetuarão. 

ANALISANDO SITUAÇÕES

Passados quase dois anos de Florianópolis, já me considero apto para falar um pouco da população que aqui habita, dos problemas que enfrenta, das carências e coisas boas existentes. A história conta que a cidade foi fundada por bandeirantes paulistas e que na sequência aportaram à ilha os açorianos. Estes foram os que asseguraram a posse ao reino de Portugal, ilha sempre cobiçada por espanhóis, ingleses e franceses, naquela época.    Hoje, além do habitante primitivo, Florianópolis é uma mescla de pessoas vindas de muitos lugares. Gaúchos, paranaenses, paulistas, cariocas, mineiros, enfim, representantes de quase todos os estados brasileiros estão presentes. Várias são as razões dessa chegada. Em razão disso, o famoso “manezinho” parece estar sofrendo uma influência marcante, se transformando e absorvendo os costumes dos que chegam, com sabidas dificuldades. Se formos nos dedicar a um estudo mesmo que superficial, com muita facilidade será possível constatar as diversidade

NÃO VAI PRECISAR DE LEI

Nas cidades grandes, nas pequenas, nas escolas, no campo; em quase todos os lugares, já é possível presenciar pessoas utilizando-se da maconha e outros entorpecentes.  Num canto qualquer, num banco de praça, nas areias da praia, nos carros que circulam pelas cidades, em casas abandonadas, pelas ruas e avenidas; enfim, em quase todos os lugares, vê-se o fácil e descontrolado consumo.  Parece um fenômeno nacional com o qual a população está se acostumando. Esse uso constante e em qualquer lugar, vai introduzindo o hábito e gerando a normalidade. A continuar essa triste sistemática da concordância, no Brasil não será necessária a criação de uma lei como aconteceu no Uruguai e outros países afora. Falta oposição, resistência ao brasileiro. O governo, pouco ou quase nada faz para acabar com o trafico. Limita-se a divulgar esporádicas e fantásticas apreensões de forma estrondosa nos jornais, rádios e televisão. As igrejas parecem pouco se interessar, não fazem mais aquela pressão de ant

UM EPISÓDIO

Moro em Florianópolis há quase dois anos. Já conheço praticamente todas as praias da ilha e os pontos turísticos mais importantes. Trago costumes e hábitos de outras cidades e procuro me “amanezar” para ter uma convivência tranquila.  As belezas da ilha de Santa Catarina encantam; o manezinho (tratamento carinhoso dado ao habitante nascido em Florianópolis), meio amedrontado com o progresso repentino, esforça-se para tratar bem os visitantes e também aqueles que para cá vem morar. Até ele entende que os que aqui chegam trazem mais benefícios que problemas. Porém, de vez em quando, acontecem casos interessantes. Conto um: Dia desse um meu amigo reclamava com o proprietário de uma empresa que vende e instala equipamentos solares para aquecimento de água.  O aparelho não estava funcionando a contento desde quando foi instalado e os constantes problemas decorrentes de sua não funcionalidade o acabaram levando ao esgotamento. Cansado de buscar uma solução, numa das muitas conversas dis

AS DUAS CIDADES

Saio às ruas e fico surpreso com a transformação. Será festa, competições, algum jogo de futebol importante? Ruas congestionadas. Shoppings cheios. Praias lotadas. Tudo foi tomado. Uma cidade cosmopolita. Verdadeira torre de Babel. Assim é Florianópolis: uma cidade de março a novembro; outra cidade, de dezembro a março. Uns gostam, outros não, da cidade pacata do primeiro momento, ou da cidade buliçosa do segundo. Na do primeiro as pontes fluem conduzindo seus habitantes num eterno vai-e-vem entre o continente e a ilha. Na do segundo, não só as pontes se enchem, mas também todos os lugares que oferecem acesso e lazer aos turistas sequiosos. Queiram ou não queiram Florianópolis não pode abandonar essa sua duplicidade.  Por questão de sobrevivência, serão sempre necessárias as duas cidades. O que precisa acontecer é se criar condições para que as duas  continuem a existir.  Tudo aqui é ainda muito acanhado: faltam coisas essenciais como água, luz, acessibilidade, melhor trat

OS DEFENSORES

Tenho observado o comportamento de pessoas defendendo, com unhas e dentes, o mandato e a administração dos governantes atuais. Mesmo diante da situação de quase ingovernabilidade pela qual atravessa o País, indivíduos que se intitulam fundadores do Partido afirmam que o governo atual é excelente, que precisa continuar, que ladrões e incompetentes eram os outros, etc. e tal. Se pararmos e analisarmos apenas superficialmente, veremos que grande parte dos que desempenham ou desempenharam cargos importantes no governo, trataram de encher os seus bolsos, despreocupados com a Nação. Mas isso também já ocorreu no passado. Governos de outros partidos se envolveram com a corrupção; roubaram, sugaram até o último centavo e, tristemente, o povo os aplaudiu porque “roubaram, mas fizeram”. Esses desmandos estavam quase esquecidos, porém foram reavivados pelos mandatários atuais, numa espécie de revanche (reativaram a memória falha e o senso de impunidade), tentativa desesperada de justific

O OUTRO LADO DE FIDEL CASTRO

Acabo de ler-, agora com mais calma e pela segunda vez -, o livro de Juan Reinaldo Sánchez : A vida Secreta de Fidel. Um lançamento que está fazendo sucesso e surpreendendo o mundo. Obrigado, meu amigo João Amádio pelo presente. Veio da região serrana do Rio de Janeiro, de Nova Friburgo. Li pela segunda vez, porque a primeira leitura foi de um fôlego, e não levou um dia. Confesso que tinha uma profunda admiração por Fidel Castro, pelo seu idealismo “igualitário e justiceiro”, pela sua coragem, persistência e capacidade. Nunca foi nem será fácil peitar, como ele peitou os EUA. Mas agora-, com base no conteúdo do livro-, estou revoltado, até com nojo, sem entender como uma pessoa dessas pode permanecer tantos anos no poder, massacrando, abusando de um povo, espalhando ideais que nunca os seguiu. Pelas revelações desse escritor, que foi guarda-costas pessoal do Ditador por 17 anos, poderemos colocar Fidel Castro numa escala parecida com a de Hitler. Quase tudo o que o “furer” al

PREÇO ALTO

Se os dados para o cálculo da inflação fossem captados exclusivamente em Florianópolis, haveria, sem dúvida, um  estouro. Os preços nos supermercados, nessa temporada, subiram lá nas alturas. Só para ter uma base, um Supermercado, no Campeche, vende a R$ 33,90, 400 gramas de camarão, sem descontar o gelo. Isso significa que um quilo está custando R$ 84,75. E não é camarão grande, é daqueles “porqueirinhas”, os menores que tem. Aqueles que depois de fritos quase desaparecem.