UM EPISÓDIO
Moro
em Florianópolis há quase dois anos. Já conheço praticamente todas as praias da
ilha e os pontos turísticos mais importantes. Trago costumes e hábitos de
outras cidades e procuro me “amanezar” para ter uma convivência tranquila. As belezas da ilha de Santa Catarina encantam;
o manezinho (tratamento carinhoso dado ao habitante nascido em Florianópolis), meio
amedrontado com o progresso repentino, esforça-se para tratar bem os visitantes
e também aqueles que para cá vem morar. Até ele entende que os que aqui chegam
trazem mais benefícios que problemas. Porém, de vez em quando, acontecem casos interessantes.
Conto um:
Dia
desse um meu amigo reclamava com o proprietário de uma empresa que vende e
instala equipamentos solares para aquecimento de água. O aparelho não estava funcionando a contento
desde quando foi instalado e os constantes problemas decorrentes de sua não
funcionalidade o acabaram levando ao esgotamento. Cansado de buscar uma
solução, numa das muitas conversas disse ao dono da empresa que se ela
estivesse instalada em outra localidade e mantivesse aquele tratamento com o
cliente, sem dúvida, não só a empresa, mas o próprio dono morreriam de fome.
Diante dessa declaração, o empresário, de forma grosseira, sugeriu-lhe que fosse
morar naquela cidade.
Resultado
disso: meu amigo teve um prejuízo financeiro por ter instalado um aparelho que
lhe garantiram não ter problemas de funcionalidade; mas, por outro lado, aquela
empresa também vem perdendo sua credibilidade. O homem está contando o
acontecido para toda a redondeza. Cita o nome da firma e do proprietário,
esconjura produto e dono e aconselha que não comprem nada por lá .
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