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Mostrando postagens de janeiro, 2013

MAUS TRATOS

Dia desses parei num posto de gasolina na cidade de Florianópolis para abastecer. Chamou-me atenção o grande número de veículos com placas do Uruguai e da Argentina. Em fila aguardavam o momento de encher seus tanques de combustível. Principalmente, os argentinos faziam uma algazarra enorme. Os uruguaios pareciam mais comedidos. Estes estavam com os carros lotados de gente, normalmente casais jovens e crianças; aqueles, todos jovens (homens e mulheres) demonstrando excesso de alegria e descontração.   Verifiquei seus carros e constatei que todos já estavam com um certo tempo de uso e mal cuidados. Quando chegou a minha vez de abastecer, interroguei o frentista sobre aquela população de estrangeiros e ele contou-me isto:   Nas temporadas é sempre assim. Agora diminuiu bem, mas há uns anos atrás, principalmente os argentinos, invadiam as praias da Ilha. São arruaceiros por natureza, não respeitam as leis de trânsito, não acatam as normas do silêncio, provocam a

NOSSA VELHA NOVA RODOVIÁRIA

Ontem estive no Terminal Rodoviário de Curitiba para encontrar minha esposa que chegava do interior. Fazia tempo que não ia àquele local. Fiquei espantado com o que está ocorrendo ali. Alguma catástrofe! -, perguntei-me. Encontra-se em reformas, constatei.     Todos sabem que qualquer reforma gera transtornos, mas eles podem ser diminuidos quando se programa o trabalho. Ao se chegar, facilmente se constata que programação foi o que não aconteceu. É uma desordem generalizada. Faltam espaços. As pessoas se chocam pelos corredores apertados e tapumes provisórios. Os ônibus que chegam vão ocupando os locais de desembarques sem qualquer programação, numa luta desesperada de achar o seu. Os passageiros circulam atravessando os lados estadual e interestadual enfiando-se por entre os ônibus. A iluminação precária dá um aspecto de total abandono e feiúra. As paredes estão enegrecidas pela popuição e falta de cuidados ao longo do tempo.   Confesso que nunca vi uma desorganiza

DIFERENÇAS

Nunca havia me atido a um fato desses. Conto. Estou para mudar de residência, melhor, de cidade. Por uma série de fatores, trocando Curitiba por Florianópolis. Para todos a quem conto o fato, ficam admirados e comentam minha conduta. Acham que é um "baita" de um progresso. Uma conquista reservada a poucos. Justifico que estou mudando por causa das insistências de minha filha, do contrário, nunca trocaria Curitiba por Florianópolis. Todos – não sei se para me animar ou porque é verdade mesmo - recomendam e elogiam a vida qualificada da cidade de Florianópolis. A verdade é que existem diferenças enormes entre uma e outra cidade. Curitiba se aproxima da correria de São Paulo; Florianópolis, parece mais voltada para os hábitos de uma cidade do interior. A primeira corre numa agitação incontrolada. Pulsante agitar diário que busca garantir a sobrevivência; a segunda, anda devagar, estampado no procedimento dos "manezinhos", tranquilos, sossegado

SAMBÓDROMO?

Sempre que assume um prefeito novo, aparecem reinvidicações novas. Pedidos dos mais simples aos mais esquisitos.       O que me chamou atenção veio das escolas de samba de Curitiba: pedem um sambódromo. Um sambódromo!     Confesso que ao ouvir essa solicitação fiquei um tanto perplexo, mas nem dei muita "bola". O Prefeito de Curitiba é uma pessoa séria, discreta, ponderada e já terá escolhido suas prioridades, pensei. Mas a imprensa deu uma cobertura enorme e a população ouviu e, certamente, comentou. Curitiba precisa de um Sambódromo -, me perguntei? Falta tradição carnavalesca ao curitibano. Todos sabem que no período do carnaval a população desocupa a Capital e as ruas ficam desertas. Curitiba devia criar alguma coisa diferente para manter sua população na cidade, durante o "reinado de momo".

DIFERENCIAIS

Quanto mais conheço as cidades brasileiras, mais me apego a Curitiba. Considero-me um privilegiado pelo fato de ter a oportunidade de conhecer quase todas as capitais e outras cidades importantes deste  País. Ouvia  falar maravilhas de cidades como o Rio de Janeiro, Florianópolis, São Paulo, Brasília. Ofereciam qualidade de vida, diziam os estudiosos.  Embora Curitiba sempre estivesse no topo do que de melhor se oferecia em termos de bem viver, manifestava minha opinião de uma forma muito tímida. Hoje não. Hoje posso dizer que nossa capital está na vanguarda. Foi só o governo incentivar a aquisição de carros para que antigos paraísos se transformassem em cidades inviáveis. O Rio de Janeiro está assim. Florianópolis está assim. Sem falar de São Paulo, Salvador e outras.  Entupidas, intransitáveis. O calor da Cidade Maravilhosa é insuportável, o trânsito também. Florianópolis travou com o aumento de carros, com a chegada dos turistas e dos estrangeiros barulhentos do cone
Para os ricos: granitos. Para os pobres: buracos e lamas. É a eterna discriminação que se perpetua na história da humanidade. O incidente das milionárias calçadas de granitos da Rua Bispo Dom José, no Bairro do Batel, em Curitiba, reacendeu o espírito de revolta no povo sofrido, porque uns ganham calçadas de granito e outros precisam se conformar com carreiros estreitos e perigosos que seguem as ruas esburacadas dos bairros pobres da Capital. O incidente serviu também para popularizar ainda mais o recém empossado prefeito que, se servindo da situação, suspendeu os granitos e criou um alvoroçoso debate na cidade. Numa lei municipal (deve ser no Código de Posturas) está previsto que é de responsabilidade do proprietário a confecção das calçadas em frente do seu imóvel. As calçadas de granito usaram recursos públicos para serem construídas, o que contraria a resposta que todos os que procurarem a Prefeitura terão quando forem até ela solicitando a confecção de calçadas. Ag

CONTINUIDADE

Volto a usar roupa social depois de 30 dias de descanso e irresponsabilidades. Não gosto desse tipo de vestimenta, mas eles querem assim...  Consegui me livrar da gravata. Um dos poucos que fez isso onde trabalho. Como é dura a volta! Horário. Obrigações e tudo retorna à velha rotina.  Nesses 30 dias senti muitas emoções, abusei da cerveja, do churrasco, viajei e consegui um neto. Neto, vejam bem, um neto! Nasceu o Pedro, filho do Fausto e da Alice.  Pequeno que só, mas já está crescendo, chorando por causa das cólicas. O Fausto desenvolveu muito isso quando pequeno, é bom que sinta essas emoções! Agora estou convencido que a história prossegue. A hereditariedade dos Amadigi e dos Freitas está assegurada. Pedro, Pedrinho, Pedroca, como quer que o chamem no futuro, está chegando para dar prosseguimento, contrariando a tese excêntrica de Machado de Assis: “não tive filhos, não deixei para a posteridade o legado da miséria humana”.  Ter filhos é uma coisa maravilhosa e