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Mostrando postagens de janeiro, 2014

FAZENDO A CABEÇA

Se demoro para descer à praia, meu cabelo cresce. Por causa da feiúra que fica, ela já me propôs, várias vezes, que fosse cortá-lo na sua cabeleireira. Fica perto da casa nossa, e sempre me tem repetido que é uma excelente profissional. Acertaria o corte, repete sempre, porque não gosta do modo como a cabeleireira praiana trata da minha cabeça.          Eu jamais aceitei a proposta que insistentemente minha esposa faz. Ficar expondo a cabeça a muitas pessoas não é bom, explico! Podem ficar relatando por aí as deformidades que ela contém. As cicatrizes e outras coisas. A profissional dos meus cabelos, tenho a certeza, nunca contou nada a ninguém. Mas outros motivos básicos me levam a continuar com essa mania, segurança e preciosismo: quer coisa mais gostosa que ficar cuidando do cabelo, nariz, sobrancelhas observando o mar que vem morrer ali bem pertinho daquele salão? Passar o tempo sentado naquela cadeira de manicura a observar o rebuliço das gaivotas atrás de peixes? Ver os

CADA UM NA SUA

Aquele canário amarelo virou preguiçoso. Não sai da casinha das quirelas. Não voa mais. Nem se espanta quando chego perto. Raras vezes abandonava o lugar. Conclui que saía, à procura de água. Coloquei um pote do líquido preso a uma das ripas e agora aquele canário decididamente fez do lugar sua morada. Não quer saber mais de voar, nem de cantar. Fui tomado de um drama de consciência. Deduzi que estava sendo culpado do que vinha acontecendo: dando comida e oferecendo água, tornei aquela criatura acomodada e preguiçosa. Desvirtuei o seu instinto. Consegui tirar-lhe o dom de praticar uma das coisas mais fantásticas que existe: voar. E o tornei guloso. Bica os que chegam expulsando-os. Quer a comida toda para si. Ainda dá tempo: retire a quirera Oiram, não queira trazer os pássaros para perto de ti, torná-los prisioneiros. Deixa-os explorar os céus e as florestas. Beber água fresca dos rios, alimentarem-se das sementes que a natureza produz.  Eles precisam voar, precisam cant

PROBLEMAS COM GERVÁSIO

Gervásio, maldito Gervásio! Relaxado, mau profissional! Quero que saiba: isso que estou sofrendo é castigo demais! Sou obrigado a lembrar de você, todas as horas e instantes, sempre que entro no meu banheiro. É só abrir uma das gavetas da estante do lavabo. Você está ali presente, sempre se anunciando. Gervásio, seu desgraçado, preguiçoso, desatento, desleixado, irresponsável! Pois é..., Gervásio é o marceneiro que fez o armário da pia do meu banheiro. Quando você compra um cômodo desses é comum que ele deslize suas gavetas silenciosas e delas retire ou acomode, com toda a facilidade, os seus objetos pessoais.  Não acontece com o armário que o Gervásio fabricou: as gavetas não abrem, a porta bate sempre que é aberta e ainda há um vazamento de água que está acabando com a prateleira interna. Gervásio já foi chamado diversas vezes para vir consertar sua obra, mas não aparece. Diz que está sem tempo e outras muitas desculpas que estão me deixando sem paciência. Vou ao banheir

AS PALAVRAS DA GOVERNADORA

Está circulando na internet uma fotografia de homens decapitados, com as cabeças postas ao lado dos corpos ensanguentados. Uma cena horrível e quase inconcebível para os nossos dias! A legenda informa que são presos assassinados em São Luiz, Maranhão. Pois ontem (10/01), no Jornal Nacional da Globo (20h30min.), numa entrevista,   a governadora do estado, Roseana Sarney, com feições sérias como a quer que todos acreditassem, disse que o motivo das rebeliões e assassinatos que estão ocorrendo em São Luiz devem-se ao progresso e aumento da riqueza, que o Maranhão vem tendo no seu governo. Custou-me acreditar no que estava ouvindo e somente hoje aquelas explicações voltaram-me à tona quando vi as fotos e tive mais tempo para pensar diante daqueles degolados. Todos sabem que o estado governado pela filha de José Sarney é um dos, se não o mais atrasado dos estados brasileiros -, em que pese ter o pai sido Presidente do Brasil e quase se eternizado na presidência do Senado -, raz

DE NOVO A CASAN

Não espere, nem confie na CASAN, coloque logo a sua “ponteira”. O que esperar de uma Empresa cujos diretores optam por repartir os lucros entre si a comprar equipamentos necessários ao fornecimento de água à população? Ouço de um especialista sobre o assunto, que essa Empresa, por estar sucateada, perde 40% da água que trata, já pronta para ser distribuída. Não conserta vazamentos que correm como córregos pelas ruas e sarjetas. E não adianta ligar avisando dos vazamentos, simplesmente esses avisos são ignorados. E o mais grave: foge das explicações, ignora todos os pedidos que recebe e partilha entre os chefes os lucros, sem priorizar problemas, sem qualquer preocupação com a bancarrota que se instalou. Surpreendentemente, escutei, dia desses, um pronunciamento do Governador de Santa Catarina favorável ao trabalho da CASAN. Mas, também, ouvi, outro, contrário que dizia não existir gestão, que nessa Instituição predomina a incompetência, não há investimentos, nem projetos.  Fic

UMAS E OUTRAS

Sou um apreciador da coluna do Ancelmo Gois, do jornal O Globo, do Rio de Janeiro. Ele sempre nos apresenta curiosidades   e situações interessantes como: 1.    Roberto Carlos, o nosso cantor, que está sempre com sua agenda lotada, cobra a importância de R$ 3.000,000 (três milhões) por show. Mas se for em datas especiais, como no revelião, pode chegar a R$ 6.500,000 (seis milhões e quinhentos mil). (Quanto vale o Show?) 2.    O assunto mais comentado em 2013, no Facebook, no Brasil, foi as manifestações de rua. No mundo, foi o Papa Francisco. (No mais) 3.    Para quem quiser passar o próximo carnaval em um hotel na Praia dos Carneiros, em Pernambuco precisará desembolsar R$ 9.000,00, mas se preferir Nova York, esse valor cairá para R$ 3.000,00. (Mãos ao alto) 4.    Um de cada dois aviões da FAB está sem condições de decolar por falta de dinheiro para manutenção. O Comando da Aeronáutica contou 346 aeronaves paradas, do total de 624 aviões que o Brasil dispõe para a defesa aére

FALTA DE ÁGUA NA ILHA

A imprensa noticiou o que todos previam, menos a CASAN: faltou e continua faltando água na região norte da Ilha de Santa Catarina, onde estão concentradas as praias mais badaladas de Florianópolis. Um representante da Companhia de Águas, - que foi apanhado de surpresa, porque ela dificilmente apresenta explicações -,   perguntado para que esclarecesse os motivos dessa falta, limitou-se a dizer que “foram surpreendidos com o número exagerado de veranistas”.   Explicação que não convence e torna-se até irritante. Seria mais correto se fosse realista esse representante, que dissesse a verdade, talvez admitindo a inoperância da CASAN. Imaginem vocês, faltando água em Jurerê Internacional, Canasvieiras, Ingleses, Ponta das Canas, Cachoeira do Bom Jesus, Costão do Santinho! Pois é..., só a “nata”, obrigando-se a tomar banho com água mineral, ou comprando água superfaturada de caminhões pipas. O governo catarinense, através de seus órgãos de turismo, realiza um trabalho enorm

O TEMPO E O VENTO

A obra de Érico Veríssimo “O Tempo e o Vento” é uma trilogia: 1) O Continente, 2) O Retrato, 3) O Arquipélago. - O Continente - pela publicação da Companhia das Letras, edição 2007 -, possui dois volumes, que somam 783 páginas. - O Retrato, também disposto em dois volumes, totalizando 714 páginas. - O Arquipélago é mais extenso, está em três volumes, que somam 1203 páginas. Desta feita, a obra de Érico  Veríssimo , O Tempo e o Vento possui, na sua totalidade, 2700 páginas. Pois a TV Globo, apresentou, nestas quarta, quinta e sexta-feiras -, de forma mágica e confusa -, um seriado de no máximo 30 minutos a cada dia, que não passou de um verdadeiro fiasco. Uma vergonha para os que conhecem literatura e leram a obra do renomado escritor gaúcho. Ninguém, por mais capaz e gênio que seja, poderá ter entendido o que se passou durante essa hora e meia de exibição. Pelo seu valor histórico e literário, O Tempo e o Vento merecia, no mínimo, uns dois meses de apresentação
Evolução Sábado, 4 de Janeiro de 2014 – 17:23 hs “O Mantega versão 2014 evoluiu da contabilidade criativa para a contabilidade do calote. Não paga as contas e diz que fez superávit.” Beto Albuquerque, Deputado (RS), líder do PSB do RS. Extraído do Blog do Fábio Campana

PARA O NOSSO PEDRO

Escuta, Pedro, no dia que comemoramos o teu primeiro ano de vida, você teve uma árvore plantada. Foi para registrar o acontecimento. Um pé de Ipê, Pedro! Parece ser ipê roxo, mas, certeza mesmo, somente com as primeiras flores. Pedro, Pedrinho, Pedroca, foi um acontecimento lindo! Uma solenidade ímpar para gravar este teu segundo dezembro. Teu pai e tua mãe estavam muito felizes. Teus avós Mário e Lourdes, Miguel e Solange não se continham de alegria. Estiveram todos os teus parentes de Niterói, de Nova Friburgo e os tios de Florianópolis: Gelson e Felipa.  Uma “coisinha” tão pequena, mas que todos consideram muito! Depositam esperanças e lhe atribuem a função de continuar a geração. O pé de Ipê foi plantado na casa de praia da vovó Solange e do vovô João. Está lá bem na frente. Teu pai comprou adubo para fortalecer a pequena árvore. Tão pequena quanto você! Por isso, os presentes esperam que o Ipê cresça, fique grande, dê sombra, embeleze a parte frontal da casa da vo