DE NOVO A CASAN
Não
espere, nem confie na CASAN, coloque logo a sua “ponteira”. O que esperar de
uma Empresa cujos diretores optam por repartir os lucros entre si a comprar
equipamentos necessários ao fornecimento de água à população?
Ouço
de um especialista sobre o assunto, que essa Empresa, por estar sucateada,
perde 40% da água que trata, já pronta para ser distribuída. Não conserta
vazamentos que correm como córregos pelas ruas e sarjetas. E não adianta ligar
avisando dos vazamentos, simplesmente esses avisos são ignorados. E o mais
grave: foge das explicações, ignora todos os pedidos que recebe e partilha
entre os chefes os lucros, sem priorizar problemas, sem qualquer preocupação
com a bancarrota que se instalou.
Surpreendentemente,
escutei, dia desses, um pronunciamento do Governador de Santa Catarina
favorável ao trabalho da CASAN. Mas, também, ouvi, outro, contrário que dizia
não existir gestão, que nessa Instituição predomina a incompetência, não há
investimentos, nem projetos. Fico
contente com esse segundo, pelo realismo; entristeço-me com o primeiro, por
estar querendo tapar o sol com a peneira.
Já
possui uma residência no norte do Estado, na cidade de Itapoá, onde a CASAN
distribuía a água. Uma vergonha o que ela fazia lá: não tratava a água,
retirando-a do rio e distribuindo naquele estado precário: água turva e
fedorenta. A falta era diária e as reclamações se multiplicavam. A situação só
foi melhorar quando a Prefeitura resolveu encampar o serviço, criando uma
autarquia municipal para gerenciar o tratamento e a distribuição do líquido.
O
que resta ao município de Florianópolis? Conviver com essa situação vexatória
de constantes promessas sem nenhuma resolução, prejudicando os moradores, comprometendo todo um trabalho turístico e se sujeitando ao ridículo, ou fazer o que fez Itapoá?
Ou
a prefeitura assume o fornecimento de água, destituindo a CASAN, ou pare de iludir
turistas chamando-os para cá, onde, por certo, passarão sede e nunca mais
voltarão.
A
solução para nós do sul da ilha, jocosamente já foi indicada: a “ponteira”, recurso
rápido e barato, mas de sanidade duvidosa. Alternativas para os demais existem:
gestão, (que se resume a trabalho, iniciativa, prioridades, seriedade, consciência
de que o coletivo é mais importante quando se administra uma empresa nos moldes
da CASAN).
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