DÚVIDAS

Eu ligo as lâmpadas, 
 ela desliga; 
 eu abro as portas e as janelas, 
 ela corre fechá-las; 
eu quero que o sol entre e ilumine tudo, 
ela detesta pó e diz que a poluição está grande. 

Durante trinta dias 
não liguei a luz, 
não abri as portas, nem as janelas. 

 Porque choveu muito, 
 quase não teve sol, 
 nesta minha cidade cinzenta. 

 Num final de tarde cheguei e abri a porta. 
 Surpresa: 
cheiro de bolor e ar viciado. 

 O talão de luz por debaixo da porta 
 acusava consumo mínimo. 

 Agora estou numa situação difícil: 
não sei se chupo cana ou se assobio, 
se acendo as luzes e pago a conta, 
ou me acostumo com o cheiro e economizo...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

OS DECRETOS DO PESSUTI

ESTRANHO

CONTRASTES