CONQUISTA
Nunca
foi perfeito,
mas
com o andar do tempo
se
operaram milagres:
Perdeu o medo,
esvaiu-se
a vergonha,
foram-se
os segredos.
Já
não importa o que os outros pensam,
não
busca aplausos,
nem
reconhecimentos.
Passa
o tempo a contar seus causos
E
na tranquilidade.
procura a liberdade.
Pensa
o que quer,
fala
o que sente,
realiza
o que deseja.
Direito
de ser alegre e de ser triste,
de
escolher o seu caminho,
de
dormir, de acordar,
sentar-se
e tomar seu vinho.
Não
apresenta mais os boletins.
Acabaram-se
os julgamentos,
e
as notas boas, e também as ruins,
sumiram
dos seus apontamentos.
Busca
as suas avaliações.
Não
caça reconhecimentos.
A
que ponto chegou...!
Livre...
independente...
Pouco
interessam trajes bonitos,
prefere
os largos e confortáveis,
meras
máscaras,
artefatos
que ocultam e não embelezam.
Pressão
doze por sete,
controladas
as emoções,
nunca antes teve isso:
Velho
coração em equilíbrio,
nas
setenta pulsações!
Pode
ver o firmamento azul pela janela,
Ouvir
o barulho das ondas da praia perto.
Acompanha
a lua andando na limpidez pura do céu.
Trabalha
o pensamento mais livre agora,
Tudo
de ruim partiu embora.
Agradece
pelo sol,
pelo calor,
diz
ao deitar, reconfortado:
obrigado
chuva pela vida,
obrigado
frio pelo silêncio,
obrigado
dia pela beleza,
obrigado
noite pelo sono.
O
tempo anda, nem é mais dono,
das
coisas que possui.
Sem
medo,
sem
rancor,
sem
dinheiro,
sem
prestação de contas,
com
a consciência tranquila
com
equilíbrio na balança,
no
silêncio desse bairro e dessa ilha,
onde
fincou sua casa.
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