PRESENTE E FUTURO
Florianópolis
vive ainda a euforia da temporada de praias lotadas. O calor e o sol têm contribuído
para isso. O movimento já caiu em relação ao final de 2013 e começo de 2014,
mas ainda podemos ver muitos turistas, principalmente gaúchos, argentinos e
uruguaios.
A
falta de água assustou todos os que aqui estiveram para passar as festas de
natal e ano novo. A maioria ficou revoltada e sem entender a razão disso. Muitos
teceram duras críticas e disseram que jamais voltarão. Não admitem que num
período de lazer e férias sejam obrigados a enfrentar falta de água e
aconselhados a economizá-la ou lançar mão da água superfaturada dos caminhões
pipas. As falhas da CASAN – sem dúvida a empresa pública catarinense mais
ineficiente - foi o foco da ira e das críticas.
O
encontro que a FIFA acaba de realizar no Costão do Santinho - para onde trouxe
representantes das seleções que participarão da Copa de 2014, no Brasil -,
deixou os investidores de Florianópolis eufóricos; perplexos, os manezinhos.
Nunca tinham visto tanto policial nas ruas e os investidores mostravam-se
esperançosos com a possibilidade da Seleção Russa ficar na Ilha, abandonando
Itú, cidade de São Paulo, local escolhido inicialmente. Os russos,
principalmente seu técnico, Fábio Capello, que é italiano, ficaram deslumbrados
com as belezas de Florianópolis. Locomoveram-se de helicópteros, ficando
confinados nas deslumbrantes belezas daquele lugar paradisíaco e não conheceram
os infindáveis congestionamentos das ruas estreitas e avenidas largas que também
estão constantemente paradas.
As
declarações de Felipão abonando e elogiando o que aqui existe, transformaram o
técnico da seleção brasileira num verdadeiro porta-voz florianopolitano.
Agradecidos estão os donos do dinheiro, investidores do ramo imobiliário,
políticos e o comércio em geral. A capital vive disso: de eventos nacionais e
internacionais, de shows e se eles fraquejarem e diminuírem; a maioria dos
hotéis, pousadas e estruturas destinadas a abrigar turistas, ficará ocioso e o
prejuízo será enorme. Se o sol e o calor abandonarem a cidade, ela não
sobreviverá.
Todos
sabem que quando as praias ficarem desertas e o inverno, aliado ao vento sul
trouxer os cardumes de tainhas que diminuem a cada ano e já não conseguem suprir
nem as necessidades dos nossos manezinhos -, que dirá a sanha voraz e
incontrolada dos comerciantes, industriais e empreendedores que aqui vivem -, a
cidade viverá um ciclo de dormência, penúria e dificuldades financeiras.
Nesse
período, talvez, a CASAN, a CELESC e os Órgãos relacionados ao turismo e ao
chamamento para que pessoas de outros lugares passem suas férias em
Florianópolis, possam desenvolver projetos e obras que atendam às expectativas
dos turistas e os deixem satisfeitos. Nessa temporada levaram uma profunda decepção
e prometeram não voltar.
A reconstrução
é sempre complicada, principalmente pela exacerbada competição e pela necessidade
de recuperar a credibilidade.
Comentários
Abraços e obrigado pela sua inteligente observação
Fernando