E DEPOIS DO DIA 13?

O Brasil está na vitrine mundial. Durante um mês, a maior parte do mundo volta-se para os acontecimentos esportivos que ocorrem aqui. Críticas, elogios, sensacionalismos, acontecimentos inusitados, tudo acontece no "País da Copa". Países decepcionando, países surpreendendo e a invasão de estrangeiros nos traz pontos positivos e negativos. Somos a vidraça, somos enaltecidos, invejados e também ridicularizados.  

Mas o que causa inquietação é que a seleção brasileira ainda não inspira confiança. Deixou uma nação atordoada ao ganhar nas penalidades do Chile. Ninguém acredita piamente no título, que, após a Copa das Confederações do ano passado, parecia certo. Há seleções que estão amedrontando e algumas nos decepcionaram como a espanhola, a inglesa e a italiana.
Os estádios -, em que pesem as dificuldades para deixá-los prontos -, estão maravilhosos. O dinheiro aplicado para deixar o País em condições de receber os visitantes da terra, ainda parece não ter sido computado. Por certo surpreenderá quando for divulgado.
Fico a imaginar que sairemos vencedores diante da mídia e opinião de todos como bons anfitriões, mas, parece-me, que vencedores empobrecidos.  Pagamos para receber ovações e elogios e teremos dificuldades para manter em funcionamento os postos de saúde, os hospitais, as escolas públicas, os serviços públicos.
Seremos vencedores de uma guerra que não conseguiu enterrar seus mortos e que, dificilmente, não terá recursos para manter em funcionamento a máquina pública encarregada de oferecer dignidade à sua população. Estamos participando das atividades “circenses” e parece que não teremos o “pão”.
Oxalá, sejamos ao menos campeões, pois a “alegria” pode caricaturar ou conter muitas necessidades. Se não chegarmos a tanto, a "tristeza" por certo,  nos empurrà à mudanças e dificuldades.
Torço para que sejamos um dos gladiadores do dia 13, vitorioso, é claro!

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