O POVO QUER A VERDADE

Independente de crença, religião, partido, filosofia e todas as outras coisas que fazem das pessoas serem diferentes umas das outras, o que estão querendo passar ao povo sobre o acidente que motivou a morte do candidato Eduardo Campos merece um pouco de reflexão.
Todos sabem que quando a história começa mal contada o remedeio torna-se difícil. No velho jargão popular: “a emenda fica mais difícil que o soneto”.
Notícias recentes informaram que a "caixa preta" do avião não contem nenhuma gravação dos minutos finais de voo! Em todos os aviões sinistrados, sempre ouvi dizer, que após se encontrar a caixa preta (que não é preta, por sinal), é possível saber os motivos da queda analisando e interpretando as últimas palavras dos pilotos.
Mais recentemente, o avião da “Air France” que caiu no Atlântico na viagem que fazia entre o Rio de Janeiro e Paris, as buscas não cessaram enquanto ela não foi encontrada acerca de 3.000 metros de profundidade.
O questionamento fica no ar. Com base em todos os pronunciamentos de pessoas entendidas no assunto -, a maioria absoluta considera a queda do avião no qual viajava Eduardo Campos -, muito estranha. Um avião novo, um avião seguro e moderno; um avião, como todos os outros, teria que ter sua caixa preta em perfeitas condições, “sine qua non” não seria possível iniciar um voo. 
Até o momento, o brasileiro pareceu encarar situações dessa natureza com naturalidade. Sempre acatou o que informaram e pronto. Os mais antigos devem estar lembrados do que aconteceu com o então ex-presidente Castelo Branco: morreu em consequência de um choque de duas aeronaves em pleno ar e ficou por isso mesmo. Nunca mais se falou no assunto. Ignoraram-se causas e consequências.
Mais ou menos na mesma época, outros episódios marcam os desaparecimentos prematuros de pessoas ligadas à política: Carlos Lacerda, Juscelino Kubitschek e João Goulart estão quase no esquecimento, mas suas mortes até hoje provocam questionamentos.
O brasileiro – talvez para justificar ou suavizar seu espírito de crueldade, com frequência tem buscando e apontando exemplos no exterior (execrando chineses, coreanos, russos e americanos), quando parece que não ficamos atrás de ninguém quando o trabalho está ligado a desaparecimentos execuções sumárias de pessoas que incomodam (só lembrar-se dos desaparecidos da ditadura).
O que se criou com a notícia da caixa preta vazia, foi uma perplexidade e estranheza total. Acontece que vivemos uma época que explicações à moda antiga não mais satisfazem a população. Ela deseja que um assunto tão importante seja tratado com extrema seriedade.
Somos capazes de chegar à verdade por nossas próprias forças e conhecimentos; mas, se por um motivo ou outro, nossos técnicos e especialistas sentirem-se incapazes de atingir esse patamar, que essa averiguação seja confiada a organismos internacionais competentes e isentos de qualquer interesse.

Não se objetiva dizer que Eduardo Campos tenha sofrido um atentado, o que se quer apenas, são explicações claras, condizentes, justificativas que a população possa aceitar sem nenhum resquício de dúvida. Explicações que calem e convençam. 

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