RECOMEÇO
O
pé de ipê do fundo da minha casa não resistiu. Uma perda lastimável! Não sei a
causa. Foi secando de cima para baixo. Ainda está com brotos novos na flor da
terra, mas se morreu em cima, acho que também esses não escaparão.
Aliado
a essa triste perda, há também outra igualmente lamentável: acabou o “comelódromo”
dos meus canários, pombas e bem-te-vis, que eu havia colocado entre os galhos.
Ainda tentei manter tudo como antes, mas do jeito que ficou, sem sombra,
exposto ao sol e vento, os passarinhos não estão mais vindo.
Perder
uma árvore como essa é um prejuízo incalculável! Perdi a sombra, que suavizava
a temperatura; o verdume das folhas, que pareciam brilhar ao sol; o abrigo das
aves, que ali ficavam cantando; as folhas secas, que se desprendiam no outono e
voltavam a terra para adubá-la.
Meu
quintal ficou sem atração! Mas não
adianta: vamos a um novo plantio. Logo, logo virão nova sombra e novos galhos. Se os canários atuais não sobreviveram para pousar nesses galhos, virão os
filhos e também os netos!
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