O RETRATO DO PARANÁ


"As primeira informações do Censo indicam que o Paraná mudou muito pouco nesses 10 anos. Continuamos perdendo população rural e aumentando a concentração da população em duas grandes regiões metropolitanas: as de Curitiba e Londrina. São nessas duas regiões que também estão concentrados os grandes problemas do Estado nas áreas de educação, saúde, segurança e infraestrutura.

Os dados revelam a urgência de uma ação integrada nos governos para encaminhar soluções definitivas para os milhões de paranaenses excluídos de serviços públicos. Somos um Estado rico, porém, o fosso entre os mais ricos e os mais pobres se assemelha aos estados mais pobres do Nordeste. Milhares de paranaenses sem acesso à educação básica. A saúde pública transformada em jogo de empurra entre Estado, municípios e a União. Segurança Pública com as mesmas políticas de 50 anos atrás. A polícia apenas constata os crimes e 83% dos assassinatos ficam impunes. Para corroborar com essa realidade, um milhão de processos judiciais se acumulam a cada ano no judiciário.

Na infra-estrutura os gargalos são os mesmos de 20 ou 30 anos. Porto ineficiente. Aeroportos sem equipamentos e sem estrutura para atender a demanda. Sistema ferroviário do século XVIII. Estradas mal projetadas e cheias de gargalos, onde até a terceira faixa para caminhões deixou de ser construída, isso inclusive naquelas onde se cobra o pedágio mais caro do mundo. Enfim, o Paraná rico precisa urgentemente se debruçar sobre o Paraná real e reduzir as distâncias sociais que separam seu povo."

(Artigo extraído da Revista dos Municípios do Paraná - AMP - 91 - Dezembro - 2010)

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