NOVOS MÉTODOS


Não sei se essas coisas acontecem só comigo, acho que não. Acredito que seja um meio disfarçado de obter lucros. Leiam  a história:

Dia desses estive fazendo compras num Supermercado de uma das maiores redes de Curitiba no ramo varejista. Adquiri treze itens e  a compra girou em torno de setenta reais.

Não sei se pelo constante exercício ou por dote mesmo, tenho facilidade de gravar os preços dos produtos e, por esse motivo, acompanho com muita atenção quando a caixa vai passando o produto pelo  código de barras e os valores aparecem na tela do monitor.

Verifiquei que os valores que estavam sendo registrados não eram os mesmos que apareciam nas etiquetas das gôndolas. Deixei que ela terminasse o trabalho e fechasse o valor. Paguei o total registrado e de posse da nota fiscal, iniciei minha conferência com mais calma. Pois, dos treze produtos, seis estavam com alteração de preço. Nenhum deles a menor, todos acima do valor divulgado. Fiz os cálculos e constatei que os acréscimos registrados significavam 8% do valor da compra.

Solicitei a devolução dos valores cobrados a mais e depois de meia hora de conferências e correrias, devolveram-me em dinheiro a importância cobrada em excesso
.
Pedi  à moça que me atendeu que chamasse o gerente. Eu precisava  falar com ele. Presenciei e ouvi o seu contato pelo telefone interno. Ela  dizia que um senhor desejava falar com ele sobre preços. O homem só apareceu uns trinta minutos depois, após várias insistências minha.

No início da conversa, disse-lhe da decepção e revolta. Falei-lhe que a empresa parecia estar adotando um sistema de roubo camuflado, pois anunciava  um preço e cobrava outro a mais. Informei-lhe que da forma como estava sendo feito não havia nem necessidade de acrescentar lucros ao valor do produto adquirido pelo supermercado. Que estavam enganando os mais pobres, principalmente aqueles que não tinham a capacidade de fazer uma conferência da forma como eu estava fazendo.
Fui informado que nada disso que eu estava dizendo era verdadeiro. Relatou as dificuldades que tinham e que aquela Empresa pertencia a uma Rede séria, cujo único objetivo era servir a população.
Ri das suas argumentações deixando evidente que nenhuma daquelas explicações estavam me convencendo. 
O que eles precisavam fazer era trabalhar com honestidade. Salientei  que estabelecer o mesmo preço na exposição do produto e na registradora da cobrança era um trabalho fácil. O que estava faltando mesmo era um pouco de honestidade.

Ao final da conversa, quando diversas pessoas haviam se concentrado em nossa volta, todas se manifestando favoráveis às minhas palavras, o gerente, completamente sem argumentos, comprometeu-se a não deixar mais ocorrer fatos iguais. Educadamente pediu desculpas e foi-se.

Se essa atitude terá resultados, não posso concluir agora. Serviu para me convencer que cada vez mais  a desonestidade é uma marca que se acentua, tornando-se uma rotina. 

Adotam um  esquema simples e primitivo: o vendedor arrisca. Se passar, atingiu-se o objetivo. Se o comprador descobrir, simplesmente alegam erro, inventam desculpas esfarrapadas, devolvem o dinheiro cobrado indevidamente, prometem correções e fica tudo por isso mesmo.

Aquele que deveria proteger a população não faz nada.

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