HOJE NO CAMPECHE
Ficou
preto o céu,
as
luzes das ruas se acenderam,
as
árvores balouçaram fora da rotina,
sumiram
os passarinhos,
as
pessoas se recolheram em suas casas,
os
trovões espalham faíscas pelo céu,
os aviões barulhentos deram uma pausa,
queimaram-se
ramos bentos.
Ouço
o barulho das ondas enfurecidas, querendo chegar mais longe,
afugentando os banhistas.
afugentando os banhistas.
Há
duas horas:
trinta
graus e muito sol;
agora
preciso ir ao guarda-roupa vestir uma blusa.
Será
um furacão no mar que vem à terra?
Pingos
grossos de chuva,
alarmes, estranhando o ambiente, se esgoelam.
- Vai
guardar o carro, veja as pedras caindo.
Granizo
esparramou-se pelo gramado,
fez
barulho no telhado e aumentou o frio.
A
chuva chegou violenta e inconsequente,
lavando
telhados,
molhando
paredes,
passando
pelos ralos,
espalhando-se
pela grama,
e, encachoeirada e suja, correndo pelas ruas.
Agora:
Os
raios sumiram,
As
ondas não soltam ais,
derreteu-se o granizo
O céu
acinzentado não ruge mais,
Ficou
uma chuva fraca
Acariciando
a natureza
Que
voltou a ser calma.
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