FESTA DA VIRADA

Passei o "Revellion" em Florianópolis. Conheço essa cidade há muitos anos. A linda e atraente Florianópolis, "a ilha da fantasia", com dezenas de praias, ao gosto e poder de seus frequentadores!

Mas confesso que sinto uma certa nostalgia da Florianópolis antiga, aquela anterior ao tempo de ser chamada Floripa. As belezas e a tão decantada qualidade de vida, trouxeram os inúmeros problemas que enfrenta hoje.

Na temporada, sua população triplica. Some a tranquilidade do "manezinho". As ruas e estradas ficam entupidas. O barulho e a baderna tomam conta de todos os lugares. As praias viram lixo. O argentino - irreverente, extravagante e mal-educado - apossa-se de Ingleses e adjacências. O policiamento não consegue fazer quase nada.

Regozijam-se as imobiliárias, os supermercados, o comércio, tentando convencer o morador de que essa desordem é necessária para que a sobrevivência seja garantida no período das vacas magras.

Não assisti a queima de fogos da Avenida Atlântica, estive em Jurerê Internacional, onde aconteceram também espetáculos pirotécnicos.

Mas o que me chamou atenção nessa praia tão famosa, foi a quantidade de gente. Artistas globais caminhavam livres e despreocupados ou se bronzeavam estendidos na areia indiferentes. Faltou lugar na praia.

Pela manhã fui fazer um passeio nas areias e o que vi parecia um espetáculo de guerra: milhares de garrafas vazias, plástico, lixo, gente bêbada deitados um sobre os outros dormiam expostos; homens misturados com mulheres, semi-inconscientes e quase nus, recebiam os primeiros raios do sol do primeiro de ano.

Tirei a minha triste conclusão: o ser humano é igual, rico ou pobre; feio ou bonito; poderoso ou subjugado; todos se entregam ao iracionalismo quando a cabeça perde o controle.

Estava horrível!

Comentários

Anônimo disse…
Caro Mário,
Como morador de Florianópolis a 37 anos, concordo plenamente contigo. O desenvolvimento trouxe muitos problemas para nossa bela Capital. Nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro o melhor é ficar em casa ou ir passear em Curitiba.
No mais, lembro que a Avenida do centro é conhecida como Beira Mar(Jornalista Rubens de Arruda Ramos) e não Atlantica(Bal. Camboriú). Foi ali que passe a virada ano e o resultado foi igual o de Jurerê. Pela manhã, terra arrasada.
Abração,
Alvaro Silveira
Anônimo disse…
Respondendo ao Álvaro:
Obrigado pela correção. Engano meu que foi muito bem observado por você.
Anônimo disse…
Como tens viajado!?
Que bom poder aproveitar a vida...
VilmaSouza disse…
È meu amigo, este frenesi da praia não faz mais parte do meu paraíso para o "Revellion", faz alguns anos que preferimos o sossego do Mato de uma cidade pequena, aliás o sítio fica a 30 kilometros de estrada de chão da cidade. Êta lugar bom, sossegado, gente boa, amiga, não tem aquelas coisas de que cor de roupa e aqueles salamaleques todos que parece ditar ordem par aum novo ano maravilhoso. Tem aquelas coisas de falar com o olho no olho, o abraço de amigo, as brincadeiras das crianças, o almoço ao ar livre, a churrasqueira com o porco e o boi que foi engordado e como dizem carneado no sítio, a roda de conversa, nossa tudo de bom. Este foi o meu "Revellion" e férias, muit afesta, risadas, pesca e gente otimista. Esta parte horrivel da praia eu conheço já passei muitos anos assim, agora ainda bem que os meus filhos também amam ir pro Sítio senão poderiam estar por ai numa dessas praias. UM grande abraço meu amigo.

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