REPROVAR DE ANO PARA QUÊ?
Fingem que estudam, mas não estudam quase nada. A melhor coisa da escola é encontrar os amigos e as amigas. Arrumar namoradas (os), marcar encontros, saber das novidades que cada um tem para contar. O que também não deixa de ser uma escola, pois não se trata apenas de ficar debruçado sobre livros, fazer contas ou decorar tabuada. Isso já era...!Têm as máquinas calculadoras que fazem tudo! Aprender a operá-las é facílimo! Sabem também que facílimo será ingressar numa faculdade. Nem vestibular quase precisa mais. E só se inscrever e ter um bom fiador para arcar com as mensalidades.
Eles sabem de tudo isso.
Estudar para quê, então?
Sabem também que o risco de reprovar é quase zero. Reprovar custa caro para o Estado e ele faz tudo para que isso não aconteça.
Mas o que eles não sabem ou fingem não saber é que, atualmente, a reprovação não está sendo feita nas salas de aula. Quem está reprovando os alunos é o mundo. O mundo não tolera incompetentes, irresponsáveis, pessoas que não querem nada com nada.
Passar de ano é simples, enganar pais, professores, responsáveis pela educação também não é difícil. O difícil é enganar o mundo! Quase impossível! Há uma seleção natural sendo feita no dia-a-dia e aquele que não produzir ou desenvolver o seu trabalho simplesmente é eliminado. Parece uma crueldade! Pode até ser, mas é assim.
A preocupação do Estado, que deve oferecer educação gratuita, são números, estatísticas para oferecer e provar que os alunos estão concluindo seus estudos independente da qualidade e da forma como está sendo feita essa conclusão. Receberá altas somas a cada aprovação. Não quer saber de reprovar ninguém, lança a tarefa à responsabilidade de uma seleção natural onde os incompetentes não terão qualquer chance.
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