OS DOIS LADOS

No mínimo foi um episódio curioso. Na noite de quinta para sex-ta feira, a polícia civil invade uma mansão no bairro Parolim e constata que ali era praticado jogos com caça-níqueis (prende-ram vinte caixas).
Informou-se que no mesmo local também se desenvolvia a prostituição, com garotas de programa que praticavam  sexo e apresentações eróticas. Espaço reservado à pessoas escolhidas.

Pelo que se comentou, essa casa funcionava já há cerca de seis anos sem que nunca tivesse sido proibido o que ali se praticava. 

Um palacete de cerca de 3.000m2, distribuído em três andares, para ninguém por defeitos: piscina, hidromassagens, mesas de jogos, suites especiais, estacionamentos privativos para 200 carros. Frequentado somente por pessoas ricas, políticos influentes do Paraná e também do Brasil.

Pelo que se soube depois, elementos da Polícia Civil prepararam e executaram a invasão sem o conhecimento do Delegado Geral da Polícia Civil.
Por que essa atitude? Para deixar clara a divisão da corporação ou para evidenciar que  mesmo conhecendo o fato, a Chefia não fazia nada?

Esse fato gerou um desentendimento enorme e evidenciou o péssimo relacionamento existente entre comando e comandados. O comandante geral condenou a atitude dos subordinados e isso fez com que nenhum delegado se dispusesse (apesar dos incessantes pedidos)  a ir até o local para oficializar a apreensão dos equipamentos e determinar o fechamento da casa.

Desse episódio, várias perguntas vêem à tona:

- Podemos acreditar que o Delegado não conhecia a situação e que o ocorrido tem cunho político?
- É possível aceitar como sendo uma insubordinação o que fizeram os policiais civis?
- Os policiais estão proibidos de realizar ações que visam com-bater o erro sem que o Chefe saiba?
- Como a polícia permitiu o funcionamento de uma casa ilegal durante tantos anos?
- É justa uma punição aos policiais executantes que realizaram um trabalho honesto, mesmo sem o conhecimento do comando?

Comenta-se que "casas" iguais a que foi fechada existem muitas pela cidade de Curitiba. Desenvolvem suas atividades livremente, e, dizem, com o conhecimento daqueles que deviam impedir atividades dessa natureza.

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