O SILÊNCIO DA IGREJA

Sempre ouvi dizer e também concordava, que a Igreja é muito importante na condução do mundo. Ao lado da família, sempre foi  quem se preocupou com os princípios éticos e morais, combatendo os desvios e ensinando as coisas certas. Fazer e pregar o bem não só para ter o céu como recompensa, mas, principalmente, para tornar possível a vida na terra.

Essas preocupações geravam normas e regras que eram repassadas insistentemente aos seguidores, num constante trabalho de educação religiosa voltado para os bons princípios.

Para a propagação desses costumes utilizavam-se os mais diversos recursos. Nos sermões das missas e cultos, nas reuniões pastorais, nos encontros da juventude, enfim em todas as situações e oportunidades.

Esse procedimento - não sei por que motivo -, desvirtuou-se. Tem-se a impressão que a Igreja está com medo de ser dura e perder seus seguidores. Parece estar ingressando no caminho da superficialidade, no medo de encarar a realidade e por essa razão, cai no “pecado da omissão”. Tem o conhecimento do problema, mas não se encoraja enfrentá-lo.

Vejam o caso do “Big Brother”. Nesse programa da Globo se praticam as maiores imoralidades, as mais vergonhosas falcatruas, a desonestidade campeia em todos os momentos, cenas de sexo explícito são expostas com naturalidade, disputas imorais e fora da ética, até estupros. Ali se pratica o que de pior existe, em total desacordo com os princípios religiosos, morais e éticos.

O Pedro Bial tem a coragem de chamar os integrantes de “heróis anônimos”.

Uma vergonha liberada, tanto pelo Estado quanto pela Igreja, que por se calarem parecem concordar com o que é feito.

O primeiro poderia impedir tantos descalabros; a segunda, combater. Mas o que se verifica é uma total anuência em prol da liberdade individual, que, sem dúvida, contamina e prejudica a coletiva.

O que se nota é um total silêncio da igreja. Omite-se parecendo aceitar e conviver com a situação. E quando falo em Igreja, refiro-me a todas as confissões e cleros. Umas, escandalizadas e atônitas, não têm ação; outras, preocupadas com o “arrebanhamento de fiéis”, têm suas ideias voltadas para o “cifrão”.

Não está aparecendo ninguém com capacidade e coragem suficientes para fazer o que Cristo fez quando expulsou os vendilhões do templo.

A própria Igreja comete – parece deliberadamente – um dos maiores pecados: o da omissão; enquanto a Globo ganha fortunas divertindo e enganando o povo. Utiliza-se de uma estratégia devassadora que nem a Igreja dispõe-se a enfrentar.

Estão aplicando a tática do avestruz.

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