OBSERVANDO O TRÂNSITO
Estou agora, às sete horas e trinta minutos, indo para o trabalho. Percorro uma daquelas “rápidas” que ligam os bairros ao centro da cidade. Loucos para chegar no horário, eu e todos aqueles que estão a minha direita, esquerda, atrás e à frente. Quatro pistas de mão única, apinhadas. Faz uma semana que me dei ao capricho de observar o comportamento dos motoristas, naqueles nove quilômetros que me separam dos meus dois locais de paz. É uma coisa curiosa e assustadora! Mistura de gente, carros de todos os tipos, caminhões, ônibus, motocicletas, mini-ônibus escolares, bicicletas e até alguns corajosos tentando atravessar a rua. E, nesse entrevero, “bobeou o cachimbo cai”. Têm os carros femininos, os masculinos, os conduzidos por pessoas mais idosas, aqueles que ao volante trazem jovens motoristas, os cautelosos, “os barbeiros”, os habilitados e os desabilitados. Sem esquecer, é claro, dos que tomaram “umas” durante a noite e cedo estão retornando naquele estado. ...