A FÚRIA DO MAR



Estive ontem e hoje na cidade litorânea de Itapoá - SC. Logo cedo fui fazer um passeio pela praia começando na 3ª pedra (no Balneário Itapema do Norte), indo na direção do Cambiju. Andei bem uns quatro quilômetros no sentido norte.

Itapoá se orgulha de ter trinta quilômetros de praias, o que realmente é um belo motivo. Conheço essa cidade há vinte e cinco anos, praticamente desde o seu início, quando não passava de uma pequena colônia de pescadores.

Comparações daquele tempo com hoje é impossível de se fazer. Naquela época não tinha nada; hoje, praticamente tem tudo. Até um pequeno córrego que deságua no mar, onde vi, hoje, uma placa extremamente crítica: "rio Merdinha".

Pois bem, nesses quatro quilômetros que percorri fiz muitas observações. Entristeci-me com o cenário. O mar está destruindo tudo na orla. As casas que ainda resistem, estão com os dias contados. Vários restaurantes famosos não estão mais lá, tragados pela fúria das águas (cito o Hipocampo que recebeu menções na revista Quatro Rodas).

Vê-se medidas desesperadas de alguns proprietários que, na tentativa de salvar suas casas, estão fazendo contenções, mas que pouco ou quase nada resolvem. São providências isoladas que não apresentam quase nenhum resultado. Prédios que estavam a cinquenta metros do mar, vivem seus últimos dias.

Quando voltava deste passeio cheguei a uma conclusão muito simples: não vai adiantar nada alguns proprietários proteger a frente do seu imóvel, as ondas vêem pelos lados e vão levando tudo.

O que precisa mesmo é um trabalho coletivo. Há necessidade de se proteger tudo (toda a orla) e o mais importante: a Prefeitura precisa encampar e assumir a idéia. Precisa buscar recursos no Estado ou até no governo federal, sem o que Itapoá ficará sem os seus tão decantados trinta quilômetros de praias.


É uma lástima que isso seja possível de acontecer!

Comentários

Anônimo disse…
"rio merdinha" é um nome que faz pensar mesmo!
fausto

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