PERDENDO A PACIÊNCIA
Perdoam-me,
mas isso que a concessionária administradora da BR. 376 e a BR 101
- a primeira no Paraná a segunda em Santa Catarina -, está fazendo,
é um atentado à paciência e ao raciocínio humano.
Vem
programando recuperação de pontes ao longo do trajeto e está
provocando filas imensas. Ontem (02/12/2012), havia um
congestionamento de uns vinte quilômetros, provocado pela
recuperação de duas pontes entre Joinville e Garuva. Já nem sei há
quanto tempo recupera uma próxima do pedágio de Garuva e sua
conclusão parece não ter fim. Levou bem uns cinco meses para
recuperar outra, localizada na Repressa da Vossoroca.
Um
absurdo: pagamos pedágio e permanecemos cerca de duas, três horas sempre
que nos aventuramos a enfrentar essa estrada!
O Ministério dos
Transportes, ao ceder uma concessão, deveria estipular, numa das
cláusulas do contrato, que não será permitido interromper o fluxo
de uma pista duplicada, tornando-o pista única, salvo em casos de
acidente.
É
isso o que está acontecendo. A concessionária limita-se a colocar
uma placa: “pista simples a um quilômetro” e tranca praticamente
tudo nos dois sentidos, sem se preocupar com qualquer informação ao
usuário.
Rodovias
como as BRs 376 e 101, que ligam a Região Sul ao resto do Brasil e a
maior opção de escoamento entre esses Estados, não podem parar de
receber melhorias. Que precisam de conservação todos sabem, mas
não da forma que está sendo administrada. Há necessidade de se
programar passagens provisórias eficientes para que o fluxo não pare e também
colocar mais agilidade na execução das obras. Todas as reformas se
arrastam por tempos intermináveis, parecendo proposital esse
procedimento a fim de que todos se irritem e percebam que há gente
trabalhando.
A
BR 376 entre Curitiba e a divisa com Santa Catarina, pode ser
considerada hoje um verdadeiro “matadouro”. Estrada antiga, mal
projetada e sem qualquer modernização, recebe uma sinalização que
chega a ser abusiva avisando dos perigos, mas que pouco ou quase nada
resolve. A Curva da Santa permanece lá, parecendo uma guilhotina e a
descida da serra, da forma como está programada, substima qualquer
freio de caminhão.
Fico
imaginando o que vai acontecer no final do ano e começo do próximo
com a chegada da temporada de praias. Vai trancar tudo, as filas
serão intermináveis, os acidentes se multiplicarão, haverá um
descontentamento coletivo dos que permanecerem horas e horas nos
engarrafamentos programados.
As
pessoas buscam o litoral atrás de paz e descanso. Descarregam os
“estresses” nas águas do mar e no encontro de familiares e
amigos matam suas saudades; mas, quando voltam recuperam tudo no
trajeto. Levam de quatro a cinco horas para percorrer cem
quilômetros. Os carros mais simples e velhos não aguentam essa
maratona de anda, para; anda, para, durante horas. Fervem seus
motores, e o resultado são veículos nos acostamentos ao redor dos
quais se acumulam famílias inteiras, crianças, velhos e jovens a
espera de socorro.
Ontem,
(02/12/2012), numa viagem que começou às 18 horas em Florianópolis,
(sem parada proposital, diga-se), três horas encaixotado, só
terminou a uma hora da madrugada do dia 03/12/2012. Não havia
acidente, mas a fila tinha cerca de vinte quilômetros em decorrência
das pontes que estavam sendo reformadas.
Salvem-nos
na temporada!
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