A CELERIDADE DE 2014
Achei
interessante aquela charge que mostra uma quantidade de coelhos e o homem
procura expulsá-los pedindo que desapareçam falando: “ainda nem computei
as despesas do carnaval e já me aparecem com a páscoa”.
Pois
é assim mesmo: acaba uma fonte de diversão,lucros e despesas já vem outra. O mundo
consumista não vive sem isso. E vão sequenciando datas, eventos e sobre elas
trabalham uma propaganda poderosa de vendas que não deixa ninguém respirar.
O
ano de 2014 não veremos nem passar. Se
apresenta como algo diferente. A páscoa está a 40 dias, segue o dia das mães,
dia dos namorados. O início da Copa daqui a 100 dias. Depois virão as eleições.
Aquelas intermináveis promessas que todos já sabem não serão cumpridas.
Tem
também aquela outra charge do “lepo, lepo”. O fruto começa a crescer e estará
pronto em novembro. Momentos carnavalescos alegres e felizes que poderão
terminar em tristeza e choro. Com certeza, o próximo período de momo não será mais o mesmo para essas pessoas!
Ouço
e leio também que o Brasil gastará em torno de 30 bilhões com a Copa do Mundo.
Só para exemplificar: na atual crise da Ucrânia, os EUA estão oferecendo uma ajuda de
um bilhão aos ucranianos para recuperar a economia deles. Se for em dólares
significa dois bilhões e trezentos milhões.
O
rombo que acabaram de divulgar na Petrobrás é absurdo e, em parte, serve para
justificar os momentos difíceis pelos quais passa a Empresa, “orgulho dos
brasileiros”: assinaram contratos de aluguéis tão altos e extravagantes que os
prédios alugados poderiam ser adquiridos por um terço do valor das locações. Nem
ligam para a opinião do povo que ouve, revolta-se e deixa por isso mesmo.
Mas
então, como disse no começo, 2014 nem veremos passar. Será como um furacão. E
furacão sempre deixa estragos. Se o governo atual se reeleger dirá que as
dívidas foram justas porque serviram para divulgar o País e acrescentar
melhorias que nunca seriam feitas. O povo precisa aguentar o sacrifício, passar
necessidades, sofrer sem educação, saúde, estradas, enfim, pelo potencial que
temos, será possível uma recuperação, é só ter paciência. Se o governo mudar de mãos aí o rumo será
diferente. As justificativas de inoperância administrativa e descumprimento das
promessas serão fáceis e perfeitamente justificáveis.
Eu
não sei, quero esperar para ver. Vamos agora encarar a quaresma e nos preparar
para os coelhos.
Comentários