PROGRESSO

Ontem estranhei o alvoroço em frente da minha casa. Moro num lugar até sossegado demais, rua sem saída, por isso ausente de carros que não os dos vizinhos. Qualquer anormalidade chama atenção.
Algazarra, converseiro alto, barulho de roçadeiras. Os cachorros se esguelavam de tanto latir. Fui ver o que estava acontecendo: uns cinco ou seis homens uniformizados, uns cortando grama e mato que já invadiam a rua, outros amontoando e carregando num caminhão. Funcionários da prefeitura.
Fiquei perplexo olhando aquele cenário. Há quase um ano que moro aqui e nunca tinham aparecido para fazer um serviço desses.
Fomos descobertos e reconhecidos, pensei! Enfim, cidadãos florianopolitanos! 
Se for assim, logo virão o calçamento e a água. Por hora sobrevivemos com as “ponteiras”, porque a CASAN não se movimentou ainda.  As poças d’água dos dias de chuva insistem em ficar em que pese o trabalho atenuante das construções da nossa rua que despejam seus entulhos nos buracos já quase perenes.

No final da tarde saí para conferir: eu nunca tinha visto nossa rua tão larga e limpa! 
Resta-nos agradecer e esperar!

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