ELE TÁ É CERTO


Foi muito grande a repercussão das declarações dadas pelo Diretor Geral de Infraestrutura de Transportes (DENIT), Luiz Antonio Pagot, na reunião com prefeitos do oeste do Paraná, em Cascavel.
A imprensa em geral, ressaltou as declarações e esse Diretor foi execrado por muitos. A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) do Paraná entendeu que a declaração “representa uma incitação à desobediência civil”.

Pois bem, não se trata de defender o Diretor do DENIT, nem muito menos condenar o Presidente da ABCR, mas que Luiz Antonio Pagot tem motivos para afirmar o que disse, isso tem, e de sobra. É muito fácil dizer que essas declarações incitam à desobediência civil, mas, por certo, existem razões para a prática desses extremos. Se chega a eles quando as tentativas se tornam frustradas.

Não será desobediência civil também o que as Concessionárias estão praticando? Uma desobediência silenciosa e indiferente com os reclames da população, aumentando a cada pouco as tarifas e fazendo quase nada em troca?

Que razões levam um dos principais diretores do DENIT a se pronunciar como se pronunciou? Deduz-se que chegou às últimas consequências. Cansou de negociar com o capital guloso e maléfico que só quer ganhar e nada dar em troca.

Foi assim que aconteceram as grandes mudanças da história. Foi assim que o povo reunido, tomou a Bastilha e impôs uma nova ordem política na França e que repercutiu no mundo todo. Então, se não vai por bem, se os benefícios acertados em contrato não são cumpridos, fazer o quê.

Não sei se incendiar praças de pedágio resolveria o problema, mas, por certo, forçará uma solução.

Portanto, sem conhecer os reais motivos que levaram Luiz Antonio Pagot a propor os incêndios e a destruição às paraças de pedágios, ele não deixa de ter as suas razões e merece ser aplaudido pela coragem que teve, porque o número de carros triplicaram ou se não quadriplicaram; acidentes acontecem aos montes e as estradas continuam praticamente as mesmas, velhas e desatualizadas e as concessionárias seguem iludindo a todos com pinturas de faixas e roçadas de barrancos.
 
Está na hora do setor público reagir e frear os desmandos que estão sendo praticados pelas empresas de pedágios. Querem tudo e não oferecem quase nada. Não é sem motivo que se contituem num dos ramos de negócios que mais ganhou dinheiro, triplicando seus lucros desde a implantação.
Se não se fizer nada as estradas vão continuar recebendo reparos "caricaturáticos", famílias inteiras continuarão morrendo acidentadas e chegará o momento que não vai haver outra saída se não a que foi sugerida por Luiz Antonio Pagot.


fOTO: GOOGLE

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ESTRANHO

CONTRASTES

OS DECRETOS DO PESSUTI