O TRECHO DA MORTE


A BR-376 é um verdadeiro matadouro no trecho entre Curitiba e Garuva-SC. Todos conhecem os lugares onde normalmente ancontecem os "abates", mas ninguém dá a menor importância.
Na semana passada foram sete os mortos de uma só vez; nesta, já são dois; todos praticamente pelos mesmos motivos e nos mesmos lugares: Curva da Santa e suas imediações. Amanhã começa um novo feriadão. Deus tenha compaixão!

A situação realmente está sem controle. São enormes caminhões desgovernados que vão descendo a serra e levando tudo junto. Atropelam, esmagam, estraçalham e matam geralmente pessoas indefesas que nem sabem de que morrem.

Na tentativa de se encontrar os culpados de tantos acidentes e mortes, várias causas poderiam ser apontadas. Os caminhões são os grandes protagonistas. Sem uma manutenção adequada, é comum perderem os freios e provocarem as desgraças que viram notícias.

Mas não é só a falta de manutenção. Um observador mais atento, facilmente poderá perceber que pouquíssimos caminhoneiros respeitam as leis de trânsito. Descem a serra em velocidades exageradas, sem observância do limite de velocidade. Andam como se fossem carros pequenos. E não existe fiscalização. A Polícia Rodoviária Federal sabe das causas, mas, aparentemente, não desenvolve qualquer plano de controle. Uma bagunça generalizada. Um salve-se quem puder.

Nas tardes de domingo, quando a população de Curitiba volta das praias, o cenário é horripilante. Caminhões carregados - que deveriam seguir na pista da direita - ocupam todas elas formando enormes filas, despreocupados com a situação. Esses caminhoneiros simplesmente ingnoram a existência de outros carros que não sejam os deles.

O que poderia ser feito? Aparentemente a solução não é difícil: vistoriar o estado dos caminhões que transportam cargas, controlar a embriaguês e colocar fiscalização eficiente em todo o trecho da serra. Para os que descem, multá-los pelo excesso de velocidade; para os que sobem, puni-los pela ocupação indevida das pistas destinadas aos veículos rápidos e leves, constantes vítimas desses veículos pesados.

Uma ironia que inquieta: as estradas estão boas e bem sinalizadas, mas não existe qualquer respeito às normas de trânsito e muito menos controle eficiente e fiscalização de quem está encarregado de fazer isso.
 

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